Por David Shepardson
WASHINGTON (Reuters) – O chefe da Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos disse que a Boeing precisa melhorar a cultura de segurança e resolver problemas de qualidade antes que a agência permita que a fabricante de aviões aumente a produção do 737 MAX.
A agência de aviação do país tomou em janeiro a medida sem precedentes de informar à Boeing que não permitiria que a empresa expandisse a produção do 737 MAX após um incidente em pleno voo com um avião da Alaska Airlines no mesmo mês.
O administrador do órgão, Mike Whitaker, disse à Reuters em uma entrevista nesta terça-feira que a agência ainda não iniciou discussões com a Boeing sobre o aumento da produção do 737, e disse que a agência só permitirá um aumento quando a Boeing estiver “executando um sistema de qualidade com segurança”.
Whitaker disse que tem as ferramentas para responsabilizar a Boeing e que pretende usá-las
A Boeing não comentou imediatamente.
Whitaker disse que a Boeing tem permissão para produzir 38 jatos 737 por mês, mas a produção atual “é menor do que isso”; ele não entrou em detalhes.
Whitaker afirmou que o cronograma de quando a Boeing terá permissão para aumentar a taxa de produção do 737 MAX dependerá da “eficácia com que eles podem implementar essas mudanças na cultura de segurança e elevar seus níveis de qualidade para onde precisam estar”.
Em 28 de fevereiro, Whitaker disse que a Boeing precisa desenvolver um plano abrangente para tratar de “questões sistêmicas de controle de qualidade” dentro de 90 dias e estabelecer metas.
“Esse é um esforço de longo prazo — leva muito tempo para mudar a cultura”, disse Whitaker nesta terça-feira. “Eles certamente têm condições de fazer isso.”
“Não quero dar a impressão de que se trata de uma solução de 90 dias e depois seguimos em frente”, acrescentou.
Veja também
- IPO da Brazil Potash levanta US$30 mi em NY
- Totvs estuda apresentar proposta por Linx
- Governo e bancos credores discutem criação de FIP para ações da Braskem
- B3 lança novo índice derivado do Ibovespa, mas com peso igual para as empresas
- Quem é – e o que pensa – Scott Bessent, secretário do Tesouro anunciado por Trump