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BTG e Santander querem um pedaço do Julius Baer no Brasil

A XP, a maior corretora do Brasil, e o Banco Safra também estão na mesa de negociações, disseram fontes próximas

Sinalização na parte externa de um escritório bancário do Julius Baer Group Ltd. em Berna, Suíça. Foto: Pascal Mora/Bloomberg

O BTG Pactual e o Santander Brasil estão entre os bancos em negociações para adquirir a unidade do Julius Baer no Brasil, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

A XP, a maior corretora do Brasil, e o Banco Safra também estão na mesa de negociações, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas. O preço da subsidiária, com R$ 70 bilhões em ativos sob gestão e sob custódia, pode chegar a cerca de R$ 1 bilhão, disseram as pessoas.

Existe a possibilidade de que, em vez de uma venda total, o Julius Baer faça uma parceria com um banco no Brasil, disseram as pessoas, acrescentando que o objetivo é chegar a um acordo já em janeiro de 2025.

O Bradesco e o Itaú não têm interesse no ativo, disseram as pessoas. O UBS também não está envolvido em negociações com o Julius Baer, disseram as pessoas.

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O BTG tem um negócio de multifamily office de mais de R$ 40 bilhões em ativos sob gestão e a unidade do Julius Baer poderia combinar bem com essa estratégia, dependendo do preço, disseram as pessoas. Safra, Santander e XP também estão investindo em gestão de fortunas e de fundos, disseram as pessoas.

Carlos Recoder, que assumiu em janeiro o cargo de chefe para Americas e Ibéria do Julius Baer, ​​esteve recentemente no Brasil conversando com clientes depois que o início do processo de vendas ficou público, disseram as pessoas.

Bradesco, Itaú, Safra, UBS, BTG, Santander, XP e Julius Baer não quiseram comentar.

O Julius Baer contratou o Goldman Sachs para buscar compradores para sua unidade brasileira, disseram pessoas familiarizadas com o assunto no mês passado, uma medida que poderia ajudar o banco suíço a se recuperar após alguns reveses de grande repercussão.

O Julius Baer tem lutado para recuperar a confiança dos investidores depois de a sua exposição ao império imobiliário em ruínas do magnata austríaco Rene Benko ter feito as ações despencarem. O banco vendeu 500 milhões de euros em novas dívidas em setembro, na primeira operação desse tipo desde que o ex-presidente Philipp Rickenbacher deixou o banco.

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O Julius Baer abriu um escritório no Brasil em 2005 e depois comprou dois dos maiores multifamily offices do país, a GPS e a Reliance, fundindo as empresas em fevereiro de 2020 e criando uma entidade que hoje conta com cerca de 300 funcionários.

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