Além dele, Renato Antônio Secondo Mazzola e Ralph Gustavo Rosenberg foram eleitos. Mazzola e Rosenberg também passaram a integrar os conselhos da Moove. Pedro Isamu Mizutani, Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães, Silvia Brasil Coutinho e Vasco Augusto Pinto da Fonseca Dias Júnior deixaram o conselho da Cosan.
O anúncio veio acompanhado de novidades na diretoria executiva. Rodrigo Araujo Alves, atual CFO da Cosan, está de mudança para a diretoria financeira da Motiva, antiga CCR.
Para ocupar o lugar de Araujo, a Cosan está trazendo o CFO da Raízen, Rafael Beargman, que assume a cadeira a partir de 5 de dezembro. Na Raízen, chega Lorival Luz, que tem 30 anos de experiência executiva ocupando cargos de liderança em empresas como o banco Citi, CPFL Energia, Estácio Participações, Grupo Votorantim, e também como CEO da BRF e Alloha Fibra.
Nova estrutura da Cosan
A Cosan, de Rubens Ometto, passou a ter o BTG Pactual e a Perfin como sócios relevantes. A operação, que levantou cerca de R$ 10 bilhões para o caixa, deu fôlego ao grupo que vinha pressionado por uma dívida crescente e pela necessidade de reorganizar sua estrutura de capital.
A Cosan, dona de participações em companhias como Raízen, Rumo, Compass, Radar e Moove, tenta reduzir a pressão sobre o caixa depois de anos de expansão por aquisições e investimentos de grande porte.
A nova configuração altera o mapa de poder da Cosan, sem romper com o passado. O BTG Pactual, liderado por André Esteves, passa a ser o maior acionista individual, com cerca de 23% do capital, seguido pela Aguassanta Participações, holding de Rubens Ometto (21%), e pela Perfin, com 10%
O acordo de acionistas preserva a Ometto o controle formal: ele continua com 50,01% das ações com direito a voto vinculadas ao bloco de controle e mantém a presidência do conselho até 2031. Mas, na prática, o poder passa a ser mais compartilhado — um equilíbrio que reflete a entrada de novos capitais e de novos interlocutores em setores estratégicos como energia, combustíveis e logística.
