A autarquia entendeu que as empresas ainda não forneceram informações suficientes sobre os critérios utilizados na definição da relação de troca de ações — ponto central da operação. Os materiais divulgados trazem projeções, múltiplos e premissas financeiras com extensas tarjas pretas, o que, segundo acionistas minoritários, inviabiliza qualquer julgamento informado.
A transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores que contestam o cálculo apresentado, que propõe a incorporação da BRF com base em uma relação de troca de 1 ação da companhia para 0,85 ação da Marfrig. A avaliação é de que a Marfrig, maior acionista da BRF, seria favorecida por um ágio significativamente superior, segundo apontam documentos apresentados à CVM.
Em outra frente, a criação da MBRF Global Foods – nome da empresa resultante da fusão – é questionada pela rival Minerva Foods, que entrou com recurso no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo a revisão do negócio.