O fundo soberano da Arábia Saudita planeja novos projetos de hotéis e de entretenimento em cidades secundárias do país, visando impulsionar a meta de tornar o reino um dos destinos turísticos mais visitados do mundo.

O dinheiro virá pela Asfar, a estatal árabe de investimentos em turismo. A ideia é lançar os primeiros empreendimentos até o final do ano nas montanhas de Al Bahah, no sudoeste do país, e em Yanbu, na costa do Mar Vermelho, de acordo com o CEO Fahad Bin Mushayt.

Montanhas da província de Al Bahah, na Arábia Saudita

Esses projetos, junto com investimentos em outras regiões menos conhecidas da Arábia Saudita, deverão adicionar 2 mil novos quartos de hotel e atrair cinco milhões de turistas até 2030, afirmou Mushayt em entrevista.

O turismo é um dos pilares da agenda multibilionária do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman para diversificar a economia saudita além do petróleo.

O governo planeja investir quase US$ 1 trilhão no setor para alcançar a meta de 150 milhões de turistas por ano até 2030. Grandes quantias já foram destinadas ao entretenimento, incluindo esportes e eventos, para ampliar as atrações para cidadãos e estrangeiros.

Até agora, a maior parte das iniciativas tem se concentrado em Riad, principal porta de entrada para turistas internacionais e futura sede de eventos globais como a Expo 2030 e a Copa do Mundo de 2034.

Vista de Riad, a capital a Arábia Saudita. Foto: Bloomberg

A Asfar recebeu do Fundo de Investimento Público (PIF) a missão de expandir as opções turísticas, incentivando os visitantes a prolongarem suas estadias no país, segundo Mushayt.

“Nós focamos na criação de destinos turísticos em quase toda a Arábia Saudita, exceto em Riad e Jidá”, disse ele.

Cada projeto da Asfar custa entre US$ 40 milhões e US$ 107 milhões, sendo pelo menos 30% do financiamento proveniente do setor privado, segundo Mushayt.

O setor de turismo da Arábia Saudita atraiu cerca de US$ 3,8 bilhões em investimentos privados em 2024, de acordo com o ministro do Turismo, Ahmed Al-Khateeb. O governo pretende elevar esse número para US$ 80 bilhões até 2030.

(Por Fahad Abuljadayel)