O acordo divulgado na segunda-feira (29) encerra a longa contestação judicial de Trump à suspensão no YouTube.
O documento afirma que US$ 22 milhões serão destinados à construção de um novo salão de baile na Casa Branca, um projeto muito querido por Trump. O restante será destinado a alguns outros autores que se juntaram a Trump na ação judicial.
Desde que reconquistou a presidência em novembro, Trump conseguiu obter acordos favoráveis com outras gigantes da tecnologia e da mídia, acusadas por ele de maltratá-lo — apesar de tribunais terem decidido regularmente que as empresas de mídia social têm o direito, garantido pela Primeira Emenda, de moderar o conteúdo como bem entenderem.
“Estou feliz, o presidente está feliz por resolver isso”, disse John Coale, advogado que representou Trump em seus casos sobre as suspensões de redes sociais, em uma mensagem de texto. O Google não quis comentar.
Batalha antitruste
O acordo ocorre em um momento em que o Google se envolve em batalhas antitruste com o Departamento de Justiça e enfrenta a possibilidade de um juiz forçar a empresa a se desfazer de uma parte fundamental de seus negócios — uma plataforma de publicidade.
No início deste mês, um juiz federal de Washington rejeitou o pedido do governo dos EUA para forçar a venda do navegador Chrome após constatar que o Google monopolizava ilegalmente as buscas online.
A ABC News, da Walt Disney, concordou em dezembro em pagar US$ 15 milhões a uma futura fundação ou museu presidencial de Trump para encerrar um processo que alega que o âncora George Stephanopoulos o difamou em um comunicado sobre um processo judicial contra Trump.
Em janeiro, a Meta concordou em pagar US$ 25 milhões — incluindo US$ 22 milhões por uma biblioteca de Trump — para resolver o processo de Trump sobre sua suspensão do Facebook após o ataque ao Capitólio por uma multidão de seus apoiadores após sua derrota nas eleições de 2020.
Trump encerrou sua disputa judicial com o Twitter sobre o banimento no começo do ano. Os autos do processo não revelaram detalhes sobre o acordo. O The Wall Street Journal noticiou posteriormente, citando fontes não identificadas, que o X concordou em pagar US$ 10 milhões para resolver as alegações do presidente.
Ele acabou perdendo o caso contra o Twitter em um tribunal de primeira instância, com um juiz federal de São Francisco decidindo em 2021 que a empresa não violou os direitos constitucionais de liberdade de expressão ao suspender sua conta e as de outros usuários por violações de seus termos de serviço.
O recurso de Trump ainda estava pendente quando um acordo foi alcançado.
O acordo com o Google foi noticiado primeiramente pelo The Wall Street Journal.