“Vamos fazer ajustes moderados de preços nas próximas coleções”, afirmou o diretor financeiro Yves Müller, em uma teleconferência nesta terça-feira (5).
Porém, a China, onde a Hugo Boss enfrenta uma demanda particularmente fraca, está excluída dos aumentos. “Acho que temos sido muito modestos”, disse Müller, citando a movimentação de preços “moderada” nos últimos quatro anos. “Estamos realmente focando em uma proposta de preço-valor muito boa.”
A medida segue aumentos de preços nos EUA por outras empresas, incluindo Hermès, Adidas e Nike.
Hugo Boss nos EUA
“No geral, a exposição da Hugo Boss aos EUA é menor do que a de muitos concorrentes”, disse Müller, com o país respondendo por cerca de 15% das vendas anuais.
Cerca de metade dos produtos americanos são originários da Europa, especialmente da Turquia, para a qual o presidente americano Trump anunciou taxa de 15% sobre as importações, enquanto menos de 5% vêm da China.
O CEO Daniel Grieder, que reposicionou a Hugo Boss para um público mais jovem, busca reacender o crescimento da empresa com um rigoroso controle de custos.
Seus planos de reformulação enfrentaram alguns contratempos no ano passado, com a queda dos gastos do consumidor em mercados-chave.
“A superação de Hugo Boss sobre custos está se tornando um impulso defensivo significativo em um momento de elevada incerteza tarifária”, informaram em relatório analistas da Jefferies.