“É um elemento fundamental para o andamento do caso”, disse o juiz Sean H. Lane na audiência de terça-feira em Nova York. Ele também aprovou a declaração de divulgação da Azul na audiência, que detalhou as reivindicações e interesses dos credores, abrindo caminho para que a empresa busque a confirmação de seu plano de recuperação sob o Chapter 11.
A oferta de direitos de US$ 650 milhões será aberta a detentores de títulos de primeira e segunda garantia, com alguns desses credores concordando em garantir totalmente o plano em troca de uma backstop fee de 14%, segundo registros anteriores. A Azul tinha cerca de US$ 1 bilhão em notas de primeira garantia e US$ 510 milhões em dívidas de segunda garantia pendentes quando entrou em processo de falência em maio.
Os credores ficariam com cerca de 72,3% do capital da empresa reorganizada, sendo que os detentores de títulos de primeira garantia deteriam a participação majoritária. O plano implica um valor de empresa de aproximadamente US$ 5,5 bilhões, segundo uma nota da Bloomberg Intelligence.
A Azul, uma companhia aérea de baixo custo que opera rotas pela América do Sul, Europa e EUA, havia divulgado um plano de captação de capital para reforçar sua liquidez quando entrou com o Chapter 11. Além dos detentores de títulos, os investidores estratégicos American Airlines e United Airlines concordaram em investir até US$ 300 milhões em novo capital.
A empresa tinha mais de US$ 3 bilhões em dívidas financeiras e US$ 3 bilhões em obrigações de arrendamento. O tribunal já aprovou um acordo com a AerCap, no qual a arrendadora concordou em não prosseguir com determinadas reivindicações.
Entre os principais detentores de títulos de um grupo ad hoc estão BlackBarn Capital, Readystate Asset Management, Whitebox Advisors e DSC Meridian Capital, entre outros, segundo um documento apresentado em agosto.