Negócios
Netflix não tem planos para venda de publicidade, mas também não descarta ideia
‘Nunca diga nunca’, disse Neumann quando perguntado se a empresa mudará posição de longa data de que seu serviço deveria permanecer livre de anúncios.
O vice-presidente financeiro da Netflix (NFLX34), Spencer Neumann, disse nesta terça-feira (8) que a empresa atualmente não tem planos de oferecer uma opção de streaming que inclua publicidade, mas não descartou a possibilidade no futuro.
“Nunca diga nunca”, disse Neumann quando perguntado se a empresa mudará posição de longa data de que seu serviço deveria permanecer livre de anúncios. Ele disse que “não é algo em nosso plano no momento”.
Alguns analistas de Wall Street defendem que a Netflix desenvolva uma versão do serviço com custo mais baixo ao usuário, mas que inclua publicidade, de modo que a empresa possa aumentar receita. O ritmo de novos assinantes da empresa diminuiu nos últimos trimestres e as ações da Netflix caíram quase 43% este ano.
A Walt Disney (DISB34) anunciou na sexta-feira que uma opção de streaming suportada por anúncios para o Disney+, juntando-se à WarnerMedia, Comcast e outras que tentam atrair clientes dispostos a assistir comerciais em vez de pagar mensalidade.
Para a Netflix, “não é como se tivéssemos religião contra a publicidade”, disse Neumann durante conferência promovida pelo Morgan Stanley.
Mas ele disse que a empresa estava focada em construir seus negócios atuais para clientes que querem assistir a filmes e programas de TV sem comerciais. “Achamos que temos um ótimo modelo, um negócio de assinaturas que escala globalmente muito bem”, disse Neumann.
“É difícil para nós ignorar que outros estão fazendo isso, mas, por enquanto, não faz sentido para nós”, acrescentou.
Neumann também disse que a Netflix viu este ano como um “ano de aprendizado” para a estratégia de oferta de streaming de videogames em dispositivos móveis. A empresa lançou 14 jogos para assinantes até agora.
“Isso é algo que espero que seja uma grande parte de nossos negócios em uma década”, disse ele. “Não será uma grande parte do nosso negócio nos próximos 12 meses.”
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