O Grupo Oi protocolou na noite desta segunda-feira (1º) um pedido de alteração no seu plano de recuperação judicial ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O aditamento busca reestruturar parte de suas dívidas e garantir liquidez diante da pressão financeira que a empresa enfrenta.
Em um fato relevante ao mercado, a operadora de telecomunicações solicitou uma tutela de urgência para renegociar prazos e condições de pagamento com credores trabalhistas e quirografários (não prioritários). O objetivo é liberar caixa imediato e evitar o desequilíbrio financeiro.
O atual plano de recuperação judicial foi homologado em maio de 2024 e prevê a redução de até 75% de sua dívida financeira.
Frustrações e endividamento
O pedido de aditamento é mais um capítulo da recuperação judicial da companhia, que acontece desde 2016, depois de anos de prejuízo e disputas com credores. Esse é o plano de recuperação judicial do grupo, homologado em maio do ano passado e que prevê a diminuição de até 75% da dívida.
Nesta etapa, a proposta do grupo, que reúne a Oi S.A., Portugal Telecom International Finance BV e Oi Brasil Holdings Cooperatief, visa reduzir custos imediatos após a nova direção se deparar “com a frustração de algumas das premissas regulatórias, financeiras e mercadológicas adotadas pela antiga gestão”.
A venda da UPI ClientCo, unidade de negócio de fibra óptica para a V.tal por R$ 5,7 bilhões em dezembro, foi uma das medidas criticadas pela atual gestão. De acordo com a companhia, a transação não resultou na entrada imediata das receitas líquidas previstas para a redução de dívidas.
“O Grupo Oi vem trabalhando para equacionar a sua dívida, reduzir os seus custos e remodelar a sua estratégia de negócios, sobretudo pelo descomissionamento de atividades relacionadas ao antigo regime de concessão e pelo direcionamento de suas operações a novos mercados de alto potencial de crescimento.”
Em paralelo ao complicado acordo com credores, a Oi está reestruturando sua estratégia, voltando seus esforços para mercados de alto crescimento, enquanto deixa de lado operações do antigo modelo de concessão.