Em uma teleconferência com analistas nesta quarta-feira (30), a CEO Michele Buck destacou os comentários do Secretário de Comércio, Howard Lutnick, na CNBC, de que o presidente Donald Trump poderia estar disposto a isentar recursos naturais que não podem ser produzidos internamente.
A empresa prevê custos tarifários anuais entre US$ 170 milhões e US$ 180 milhões, informou a empresa na quarta-feira. Em comentários pré-gravados divulgados na quarta-feira, o diretor financeiro Steve Voskul afirmou que a Hershey não planejava alívio tarifário este ano.
“Estamos cada vez mais confiantes de que o governo compreende algumas de nossas preocupações sobre o fato de que o cacau só pode ser cultivado e obtido fora dos EUA”, disse ela.
A direção da Hershey agora espera que o lucro ajustado por ação anual caia de 36% a 38%. Em maio, a empresa projetou uma queda de cerca de 35% no lucro ajustado. A empresa afirmou que, sem as tarifas, teria aumentado essa perspectiva.
A fabricante de chocolates e dos Reese’s Peanut Butter Cups, com sede na Pensilvânia, ainda prevê um aumento de pelo menos 2% nas vendas líquidas anuais.
Aumento de preços
Em 22 de julho, a Hershey anunciou que aumentaria os preços dos doces devido aos custos historicamente altos do cacau. Esse aumento reflete um preço de tabela mais alto, bem como ajustes no peso e no número de doces por pacote, uma prática conhecida como “shrinkflation”. Isso ocorre após um aumento de preço no ano passado.
O preço do cacau disparou nos últimos dois anos, devido à escassez de oferta devido a doenças e mau tempo na Costa do Marfim e em Gana, que geralmente respondem por mais de 60% do fornecimento global.
No início deste mês, a Hershey nomeou Kirk Tanner como o próximo presidente e CEO da fabricante de chocolates após a aposentadoria de Buck. Tanner, que era presidente e CEO da Wendy’s, assumirá o novo cargo em 18 de agosto.