A World Wrestling Entertainment Inc vai se unir à franquia de artes marciais mistas UFC, pertencente ao grupo Endeavor, para formar uma nova gigante do entretenimento listada publicamente e avaliada em cerca de US$ 21 bilhões, anunciaram as empresas nesta segunda-feira (3).
O acordo une dois dos maiores nomes da luta esportiva e do entretenimento e encerra um processo de venda de meses para a WWE, supervisionado por seu cofundador e presidente executivo Vince McMahon, que voltou ao conselho da empresa em janeiro.
“Esta é uma oportunidade única na vida de reunir duas empresas líderes em esportes e entretenimento puro”, disse o CEO da Endeavor, Ari Emanuel, em uma apresentação para investidores, descrevendo o acordo como uma “etapa de transformação” para a Endeavor.
Emanuel disse que capitalizaria a experiência da Endeavor em garantir acordos de mídia, patrocínios e novas formas de distribuição para alimentar o crescimento da nova empresa, que ele irá liderar como CEO enquanto continua em seu cargo na Endeavor.
McMahon manterá seu papel na nova empresa, que será de propriedade majoritária da Endeavor com uma participação de 51%, enquanto os investidores da WWE serão os donos do restante.
Negociações de compra
A WWE, que iniciou uma revisão estratégica em janeiro, atraiu vários compradores em potencial que fizeram ofertas totalmente em dinheiro, mas a empresa preferiu uma parceria com a Endeavor, já que um acordo totalmente em ações era mais atraente devido ao potencial de alta no preço das ações da entidade combinada, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
As ações da WWE fecharam em queda de 2,1%, a US$ 89,30, nesta segunda-feira (3), enquanto as ações da Endeavor fecharam em queda de 5,9%, a US$ 22,52. A estrutura complexa e totalmente em ações do negócio surpreendeu os investidores que esperavam uma transação totalmente em dinheiro, de acordo com analistas e fontes que acompanham de perto o assunto.
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