Os gastos dos consumidores norte-americanos com o Natal deste ano devem sofrer a maior queda desde a pandemia. Compradores, especialmente os da Geração Z, estão gastando menos, em meio à incerteza econômica. É o que mostra a pesquisa feita pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC).

O levantamento da PwC, que entrevistou cerca de 4.000 consumidores dos Estados Unidos entre junho e julho, mostra que os compradores planejam gastar, em média, cerca de US$ 1.552 por pessoa neste Natal, uma queda de 5,3% em relação ao ano passado.

A última queda comparável foi em 2020, quando o gasto médio caiu 7,6%, para US$ 1.187.

Cerca de 84% dos consumidores esperam reduzir os gastos nos próximos seis meses, especialmente em vestuário, itens de grande valor e refeições fora de casa. Mais da metade disse que os aumentos de preços provavelmente afetarão suas decisões no fim do ano.

Natal com inflação nos EUA

A inflação e as consequências econômicas das políticas comerciais do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, tornaram os compradores mais cautelosos em relação às compras discricionárias, enquanto os principais varejistas norte-americanos enfrentam uma demanda incerta rumo à crucial temporada de festas de fim de ano.

As varejistas Target, a Best Buy e a Home Depot mantiveram suas previsões anuais nas últimas semanas. O Walmart e a Abercrombie & Fitch aumentaram suas perspectivas, enquanto a Mattel reduziu sua previsão.

“Os consumidores estão abordando as compras de fim de ano de forma mais deliberada, decidindo o que é mais importante, onde reduzir e o que vale a pena gastar”, disse a PwC.

Espera-se que os gastos com presentes sejam os mais atingidos, caindo 11% para um gasto médio de US$ 721, em comparação com os US$ 814 do ano passado, de acordo com a pesquisa. Espera-se que os orçamentos da Geração Z diminuam em 23%, em comparação com um aumento de 37% em 2024.

“O tráfego da Geração Z nas lojas tem aumentado, porque eles querem essa experiência, mas não estão necessariamente fazendo transações na loja”, disse Kelly Pedersen, sócia da PwC.

A PwC acrescentou que o comportamento real de compra ainda pode mudar, observando que a incerteza em relação às tarifas comerciais diminuiu desde julho.