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Economia

5 fatos hoje: o preço do isolamento social; e Trump elogia dólar forte

Em entrevista à Fox Business, Donald Trump, disse que “é um ótimo momento para se ter um dólar forte”.

Foto: Reprodução Peng Ziyang/Xinhua

1 – Isolamento social para conter a pandemia pode custar R$ 20 bi ao País, diz estudo

Um estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, divulgado ontem, estimou que o custo do isolamento social para a economia do País é de R$ 20 bilhões por semana.

Segundo o documento, o custo imediato foi estimado com base em levantamento detalhado de informações para os 128 produtos da Tabela de Recursos e Usos do IBGE. O isolamento social é defendido por autoridades sanitárias, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), como forma de evitar propagação veloz da covid-19 e o colapso do sistema hospitalar.

O estudo do Ministério da Economia afirma que os impactos econômicos podem ser divididos em três pontos: impacto imediato diante das restrições à produção e ao consumo; duração do período de recuperação; e impacto sobre a trajetória de longo prazo da economia.

No caso do efeito sobre a trajetória de longo prazo da economia, o documento alerta que as projeções podem ser muito piores caso a paralisação dure por um período maior do que até 31 de maio. A SPE destaca que os efeitos da quarentena não se dão somente para o período em que vigora, mas tem efeitos para os trimestres e anos posteriores.

2 – Trump diz que é ótimo momento para se ter dólar forte, com juros baixos

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que “é um ótimo momento para se ter um dólar forte”, agora que as taxas de juros estão baixas, embora o comércio tenda a ser prejudicado.

Em entrevista à Fox Business, Trump disse também esperar que a economia americana comece a se recuperar no terceiro trimestre, à medida que mais Estados do país reabram sua economia, após o período de bloqueios causado pela pandemia de coronavírus.

Em relação a 2021, Trump acredita que poderá ser um dos melhores anos de todos os tempos para a economia dos EUA, após todos os estímulos e medidas que foram tomadas para conter o impacto do coronavírus.

3 – Com pandemia, 76% do setor industrial reduziu produção

Sondagem especial feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que 91% da indústria brasileira relata impactos negativos por causa da pandemia da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Três quartos (76%) das empresas industriais reduziram ou paralisaram a produção.

Três de cada quatro empresas, novamente 76% dos entrevistados, apontaram queda da demanda por seus produtos, metade desses (38%) observaram que a queda foi “intensa”. Os setores que descreveram a diminuição da demanda foram de vestuário (82%), calçados (79%), móveis (76%), impressão e reprodução (65%) e a indústria têxtil (60%).

Dentre os empresários, 45% reclamaram de inadimplência dos clientes e 44% informaram ter tido encomendas e pedidos cancelados.

Além de queda da demanda, 77% dos empresários identificaram que houve diminuição da oferta de matérias primas e de insumos para a produção – por causa da desorganização da estrutura logística – o sistema de transporte em especial -, o que dificultou acesso a insumos ou matérias primas necessários à produção.

4 – CMN facilita renegociação de dívidas de produtores rurais

Os produtores e as cooperativas rurais que tiveram prejuízos provocados pela seca ou pela estiagem no início do ano ganharam um estímulo para renegociarem as dívidas com operações de crédito. O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou as fontes de recursos que podem financiar os acordos nas linhas de custeio e investimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou operadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em reunião extraordinária realizada no início desta noite (13), o CMN autorizou o uso das fontes originais de recursos para bancar as renegociações. Dessa forma, o BNDES poderá usar os próprios recursos para renegociar as dívidas de produtores rurais. No caso do Pronaf, em que o Tesouro Nacional banca os juros subsidiados, a própria União poderá financiar a revisão das dívidas.

Em nota, o Ministério da Economia informou que a decisão tem como objetivo “facilitar a operacionalização da renegociação e atender ao maior número possível de produtores rurais que tenham tido suas atividades prejudicadas por seca ou estiagem”.

5 – Via Varejo reverte prejuízo e tem lucro de R$ 13 milhões no 1º trimestre

A Via Varejo (VVAR3) reportou lucro líquido de R$ 13 milhões no primeiro trimestre de 2020, revertendo um prejuízo de R$ 50 milhões no mesmo período de 2019. Sem considerar os impactos gerados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), estimados em R$ 87 milhões, o lucro líquido da empresa no período somaria R$ 100 milhões.

Na mesma base de comparação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 21,8%, para R$ 621 milhões. Excluído o impacto de R$ 97 milhões da pandemia, o Ebitda ajustado somaria R$ 719 milhões. A margem Ebitda ajustada subiu 1,7 ponto porcentual (p.p.) no comparativo entre mesmos trimestres, para 9,8%. Excluindo o impacto da pandemia, a margem atingiria 10,3%.

“Crescemos vendas, ganhamos marketshare e ainda aumentamos a rentabilidade, mesmo com o e-commerce em aceleração”, escreve a diretoria da companhia na mensagem que acompanha os resultados, descrevendo a performance como “notável”.

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