1 – Pazuello atribui atraso em entrega de vacinas a Estados à mudança de logística
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, atribuiu o atraso na entrega de vacinas contra Covid-19 aos Estados à repentina mudança na estratégia de logística que teve de ser feita para contemplar os pedidos dos governadores de distribuição imediata da CoronaVac.
“Nós tínhamos a previsão de fazer toda a logística hoje e os Estados fazerem a logística amanhã para os municípios e a partir daí a gente iniciar a campanha na quarta-feira“, disse Pazuello em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
“Os governadores, em comum acordo, me solicitaram que eu acelerasse ao máximo a distribuição para que eles pudessem começar imediatamente ainda hoje”, acrescentou.
“Então, aquilo que era planejado até hoje às 8 horas da manhã para acontecer durante o dia está sendo encurtado para poder atender o pedido dos governadores. Isso, você imagina a mudança da logística para 26 Estados num país continental como o Brasil”, emendou.
O governo federal decidiu antecipar seus planos para começar a vacinação contra Covid-19 no país –previstos para começar na quarta-feira — após o governo paulista, liderado pelo desafeto do presidente Jair Bolsonaro, o tucano João Doria, ter começado a imunização no domingo, logo após aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
2 – Copom inicia primeira reunião do ano para definir juros básicos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) promove hoje (19) a primeira parte da reunião para definir a taxa básica de juros, a Selic. Amanhã (20), após a segunda parte da reunião, será anunciada a taxa ao final do dia.
Apesar da alta na inflação nos últimos meses, as instituições financeiras apostam na manutenção da taxa em 2% ao ano, no menor nível da história. A projeção consta do boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgada toda semana pelo Banco Central.
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O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro.
3 – Demora de autorização da China para vinda de insumos da CoronaVac preocupa, diz presidente do Butantan
A demora do governo da China em autorizar a exportação para o Brasil de matéria-prima que será usada no envase no país de doses da CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, preocupa e pode afetar o cronograma de entrega de doses ao Ministério da Saúde, reconheceu nesta segunda-feira o presidente do Butantan, Dimas Covas.
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, ao qual o Butantan é vinculado, Covas disse que o cronograma atual de entregas acertado com o ministério será mantido, desde que um novo lote de matéria-prima chegue ao Brasil até o final deste mês.
“Preocupa sim a chegada da matéria-prima. Essa matéria-prima precisa chegar para não parar o processo de produção, e esperamos que isso aconteça muito rapidamente, porque se chegar antes do fim deste mês, nós manteremos o cronograma de entrega de vacinas”, disse o presidente do Butantan.
Ele explicou que as cerca de 6 milhões de doses da CoronaVac que no domingo deram início à vacinação no país foram importadas prontas da China e acrescentou que nesta segunda-feira o Butantan já pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para uso emergencial de 4,8 milhões de doses envasadas no Brasil pelo Butantan.
4 – Brasil registra 452 novos óbitos por Covid-19 e total atinge 210.299
O Brasil registrou nesta segunda-feira 452 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes pela doença no país a 210.299, informou o Ministério da Saúde.
Também foram notificados 23.671 novos casos da doença provocada pelo coronavírus, com o total de infecções confirmadas no país atingindo 8.511.770, segundo a pasta.
Assim como aos domingos, os números de casos e óbitos informados pelo ministério costumam registrar quedas às segundas-feiras, em função do represamento de testes durante os finais de semana.
O Brasil, que enfrenta um novo avanço da doença, é o segundo país com maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.
5 – AIE: novos surtos da covid e lockdowns atrasam retomada na demanda por petróleo
Novos surtos da covid-19 e medidas como lockdowns para conter a disseminação do vírus têm pesado sobre o consumo de petróleo e contêm uma retomada na demanda, afirma a Agência Internacional de Energia (AIE) em relatório mensal, publicado nesta terça-feira. No documento, a AIE cortou suas projeções para a demanda em 2021 em 280 mil barris por dia (bpd), a 5,5 milhões de bpd.
O panorama pior é fruto sobretudo do início deste ano, com uma redução de 600 mil bpd em suas previsões para a demanda no primeiro trimestre, além de um corte de 300 mil bpd em sua projeção para o segundo trimestre e de 100 mil bpd no terceiro trimestre. Com esforços globais pela vacinação em andamento, a expectativa é mais adiante pelo fim das restrições de movimento que contiveram a demanda pela commodity em 2020, diz a AIE. Para a entidade, medidas de distanciamento, shutdowns e fechamentos de fronteiras, entre outras políticas, devem continuar a conter a demanda por combustível até que as vacinas estejam bem disseminadas, “mais provavelmente apenas no segundo semestre deste ano”. Temperaturas mais frias registradas na Ásia e na Europa em janeiro compensam apenas em parte o impacto das políticas mais rígidas, diz a AIE.
*Com Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil