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Economia

5 fatos para saber hoje: governo estuda pagar mais R$ 600; e o uso do remdesivir

O valor de R$ 600 seria pago em três diferentes parcelas, segundo adiantou o Ministério da Economia.

Bolsonaro e Guedes
(Brasília – DF, 20/02/2020) Lançamento do Crédito Imobiliário com Taxa Fixa..Foto: Marcos Corrêa/PR

1 – Pedidos de seguro-desemprego sobem 76,2% na primeira quinzena de maio

Os pedidos de seguro-desemprego de trabalhadores com carteira assinada subiram 76,2% na primeira quinzena de maio em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi divulgado ontem (21) pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia e considera tanto os atendimentos presenciais – nas unidades do Sistema Nacional de Emprego (Sine) e das Superintendências Regionais do Trabalho – e os requerimentos virtuais.

Na primeira metade do mês, 504.313 benefícios de seguro-desemprego foram requeridos, contra 286.272 pedidos registrados no mesmo período do ano passado. Ao todo, 77,5% dos benefícios foram pedidos pela internet no mês passado, contra apenas 1,7% no mesmo período de 2019.

2 – Governo estuda pagar mais R$ 600 em três parcelas

Para ganhar tempo até o desenho de uma nova política para os programas sociais do governo, uma das opções do ministro da Economia, Paulo Guedes, é dar mais uma parcela do auxílio emergencial de R$ 600, mas com o valor dividido ao longo de três meses. Essa é uma das opções que estão na mesa de negociação da equipe econômica.

Pelo cronograma atual, são previstas três parcelas do auxílio emergencial. Agora, o governo estuda ampliar o benefício, desde que o pagamento por mês seja menor.

Seria um modelo de transição até que possam ser reformulados os programas sociais e encontrada fonte de recursos para bancar o aumento de gastos permanentes. Uma negociação que terá de ser feita com o Congresso para não estourar o teto de gastos (mecanismo que proíbe o aumento das despesas acima da inflação) a partir do ano que vem, quando não haverá mais o orçamento de guerra (que livrou o governo de cumprir algumas das amarras fiscais para ampliar os gastos no combate à pandemia).

3 – Empresas tentam repassar custos de demissão a Estados

Encorajadas por uma fala do presidente Jair Bolsonaro, empresas estão recorrendo a um artigo da lei trabalhista para fazer demissões em massa sem o devido pagamento de verbas rescisórias. O Ministério Público do Trabalho já recebeu denúncias de casos, instaurou inquéritos civis e não descarta ações civis coletivas contra as companhias que adotaram a prática.

As empresas estão alegando o chamado “fato do príncipe” – quando o negócio é obrigado a fechar por um ato da autoridade municipal, estadual ou federal – para repassar o pagamento a governadores e prefeitos, adversários de Bolsonaro no “cabo de guerra” em torno das políticas de isolamento social. O presidente defende um relaxamento da quarentena, mas o STF garantiu a Estados e municípios autonomia para determinar regras de funcionamento das atividades econômicas.

Como consequência, centenas de trabalhadores demitidos estão ficando sem a renda mensal e sem a reserva financeira que teriam com o pagamento total da rescisão. No lugar disso, recebem a informação de que as indenizações ficarão a cargo do governo estadual. O uso do artigo da CLT pelas empresas foi antecipado pelo jornal “Valor Econômico”.

4 – Demanda por voos domésticos cai 93,09% em abril ante abril de 2020, diz Abear

A demanda por voos domésticos teve queda de 93,09% em abril, em relação a igual mês do ano passado, refletindo o agravamento do impacto da pandemia do novo coronavírus na aviação comercial brasileira, informou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). A oferta de assentos nos aviões recuou 91,35% na mesma comparação. Segundo a associação, foram os piores resultados mensais da série histórica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), iniciada em 2000.

A taxa de ocupação dos aviões ficou em 65,45% em abril, uma diminuição de 16,42 pontos porcentuais na comparação anual, desempenho mais fraco desde junho de 2010. O volume de passageiros transportados em voos nacionais teve retração de 94,55%, para 399.558 pessoas, pior resultado mensal em 20 anos.

5 – Médicos dos EUA pedem dados de remdesivir para orientar tratamento

Médicos dos Estados Unidos e outros membros da comunidade científica estão pedindo a publicação dos dados que convenceram os reguladores da área da saúde do país a autorizar o uso emergencial do medicamento antiviral remdesivir, da Gilead Sciences, para tratar a covid-19, para assim direcionar os recursos limitados às pessoas certas.

O diretor executivo da Vanda Pharmaceuticals, Mihael Polymeropoulos, publicou na quarta-feira (20) carta aberta pedindo o download completo das conclusões dos testes que levaram à autorização emergencial do uso, concedida pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

“E se o medicamento for mais indicado para pessoas no início do ciclo infeccioso? Se estivermos administrando a pessoas com doença grave – seja por compaixão natural – podemos estar desperdiçando o remédio”, disse o CEO à Reuters.

*Com Estadão Conteúdo

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