Uma reportagem publicada no site “Cointelegraph” revelou que o Itaú cometeu uma falha grave com o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, e agora entra na justiça para tentar reverter o erro e responsabilizar outros bancos.
Segundo documentos do processo obtidos pelo site, o Itaú teria realizado transferências indevidas, em excesso, para as contas bancárias de diversos bancos, dentre eles, Banco do Brasil, Bradesco, Sicred, Bancoob, Nubank, Banco Original e Banco Inter, através de uma falha grave em sua integração com o sistema do BC.
LEIA MAIS: Conta de celular poderá ser paga com o PIX
Em resposta à matéria, o Itaú se posicionou afirmando que não comenta processos que correm em segredo de justiça. “O banco esclarece, no entanto, que os clientes que tiveram débitos em duplicidade em razão de uma falha operacional pontual foram reembolsados imediatamente. O banco ressalta, ainda, que o acionamento judicial é uma medida usual entre as instituições nesse tipo de situação, pois traz segurança jurídica para que elas façam os estornos das contas creditadas indevidamente”, informou em nota enviada ao InvestNews.
As transferências que teria sido realizadas de forma indevida em duplicidade totalizariam R$ 966.392,86, e o valor só não teria sido maior porque o Itaú, segundo consta no processo revelado pela matéria, teria avisado seus correntistas para arranjarem uma devolução.
O problema maior foi com os bancos que, mesmo comunicados pelo Itaú, não buscaram resolver a situação com seus correntistas. Agora, espera-se que com as ações judiciais que seja possível bloquear e realizar o estorno nas contas de clientes omissos.
Dependendo do resultado na justiça, o BC pode acabar revertendo a falha e sendo obrigado a mudar regras para reforçar a segurança contra fraudes.
- Como se aposentar com 1 milhão a partir de R$60 mensais