Ganha, mas não leva. Esse pode ser o resultado das eleições nos Estados Unidos, que contam com um sistema diferente do brasileiro. Pelas regras norte-americanas, o candidato que tiver mais votos não necessariamente será eleito presidente do país.
O sistema eleitoral dos Estados Unidos busca valorizar o peso regional de cada estado. Alguns contam mais para a decisão final do que outros, de acordo com o tamanho da população.
Os estados mais populosos têm maior número de delegados – pessoas escolhidas para representar os eleitores. E, quando um candidato vence as eleições em um estado, é contabilizada em seu favor a totalidade de delegados daquele local. Essa regra é conhecida como “the winner takes all”, ou “o vencedor leva tudo”.
Contando todos os 50 estados e o distrito de Columbia, os EUA têm, no total, 538 delegados. Para vencer as eleições, o candidato à presidência precisa do voto de ao menos 270 deles.
Estados decisivos
É comum ouvir falar em “estados decisivos” para as eleições nos Estados Unidos. Isso porque existe alguma tradição eleitoral em alguns locais, enquanto outros têm a população mais dividida.
O Texas, por exemplo, é conhecido por ser uma região que tradicionalmente escolhe candidatos republicanos, enquanto a população de Washington costuma preferir os democratas.
No entanto, alguns estados são mais divididos. Como vencer em um estado significa levar todos os votos dos delegados daquele local, ganhar o voto dos eleitores indecisos e vencer a eleição nesses locais pode ser crucial para um candidato. É o caso da Flórida, por exemplo, tida como um estado-chave para as eleições – motivo pelo qual os candidatos costumam centrar forças nas campanhas por lá.
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