Destaques (José Falcão Castro):
- Os índices futuros de Nova York operam em alta, reagindo bem a escolha de Janet Yellen (que presidiu Fed no governo Obama) para chefiar o Tesouro no governo Biden. Segundo a Bloomberg, a escolha sinaliza adoção de política de estímulos agressiva para recuperar a economia e taxas de juros baixas por longo tempo;
- Outro fato positivo que contribui para o bom humor dos mercados, é o início da transição para o governo Biden, finalmente autorizada por Trump; Dow Jones futuro sobe 1,08% e Nasdaq (+0,30%);
- Na Europa, as bolsas sobem com consistência, após PIB alemão acima das expectativas (8,5% no 3TRI) somando-se a vacinas e transição de governo nos EUA; Frankfurt sobe 1,05%, Londres (+1,15%), Paris (+1,40%), Madri (+1,16%), Milão (+1,44%), Lisboa (+1,95%);
- Ontem, o ministro da economia, Paulo Guedes, fez três lives onde se defendeu bastante das críticas recentes, passou mensagens dos trabalhos feitos até aqui e sempre muito otimista com uma retomada rápida da economia;
- Destacou também que, apesar de perder muitos postos de trabalho, o governo foi bem sucedido no controle do desemprego durante a crise e reforçou o compromisso fiscal;
- Porém o mercado não reagiu em nenhum momento com as falas do ministro, pois os investidores querem ver resultados concretos, ou seja, retomada da agenda de reformas e equilíbrio fiscal.
Análise Gráfica – IBOV (José Falcão Castro):
- O índice Bovespa vai se mantendo acima dos 105.700 pontos, com um pregão consistente ontem e fechando próximo da máxima do dia aos 107.378 pontos;
- No curto prazo, o IBOV continua em forte tendência de alta e começa a consolidar também alta no longo prazo, ao se afastando das médias móveis de 21 e 200 períodos;
- Suporte: 102.000 (mínima do dia 2 de novembro e média móvel de 21)
- Resistência: 105.700 (máxima do dia 29 de julho)
Cenário macroeconômico (Murilo Breder):
- Após três semanas consecutivas de alta na Bolsa brasileira, a quarta começou com tudo. O Ibovespa avançou outros 1,26% nesta segunda-feira (23) e ultrapassou a marca dos 107 mil pontos;
- Como grande gatilho do dia, mais um avanço no desenvolvimento das vacinas. Agora, foi a vez da vacina desenvolvida pela universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca mostrou uma eficácia média de 70% em prevenir a contaminação dos participantes, chegando até 90% em um dos métodos de aplicação;
- A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford é a principal aposta do governo federal brasileiro para imunizar a população do país. Pelo acordo firmado, a produção local de cerca de 100 milhões de doses será realizada pela Fundação Oswaldo Cruz, ao custo de R$ 1,9 bilhão;
- Apesar disso, o dólar voltou a registrar uma alta de +0,9%, fechando em R$ 5,43, devido a notícias de que a ala política do governo pretende prorrogar o Auxílio Emergencial por dois ou três meses no início de 2021, piorando as perspectivas para a normalização da situação fiscal.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- A maior queda do dia ficou com as ações do Carrefour Brasil (CRFB3, -5,4%). Após subirem na última sexta enquanto o Ibovespa recuou, hoje o mercado penalizou as ações após a morte de João Alberto Silveira Freitas e vários protestos durante o final de semana;
- Entre os destaques positivos e fora do Ibovespa, as ações da Eneva (ENEV3, +6,4%) dispararam forte após a notícia de que a companhia está próxima de anunciar a compra do polo da Petrobras, localizado na Bacia doSolimões (AM), em Urucu. Caso a compra seja realizada, a empresa dobrará de tamanho;
- Por fim, PetroRio (PRIO3, +7,6%) e Petrobras (PETR4, +6,1%) seguem se beneficiando de uma maior expectativa pela demanda de petróleo diante de uma maior retomada econômica pós-vacinas e voltaram a disparar.
Indicadores |
Brasil: |
Arrecadação Federal (Receita Federal) |
IPCA-15 (IBGE) |
Sondagem Indústria da Construção (outubro) (CNI) |
EUA: |
Confiança do consumidor (Conference Board) |
Estoques de petróleo (API) |
Europa: |
Alemanha: PIB |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.