Destaques (José Falcão Castro):
- Hoje teremos como destaque o índice de atividade industrial global (PMI) e das principais economias do mundo: EUA, China, Alemanha e Zona do Euro, Reino Unido e também no Brasil. O dia sinaliza uma recuperação das bolsas globais e o dado fundamental foi o PMI Industrial da China, que subiu a 54,9 pontos em novembro, maior nível desde 2010;
- Quanto ao Brexit, a União Europeia deve lançar medidas de contingência amanhã ou quinta-feira, se um acordo com o Reino Unido não for alcançado. Do lado otimista, o anúncio da Pfizer/BioNtech de que sua vacina tem eficácia de 95% na fase 3 dos testes começa a refletir positivamente nos mercados;
- Há instantes, a bolsa de Londres avançava 1,90%, Paris (+1,00%) e Madri (+0,99%); nos EUA, o Dow Jones futuro sobe 1,14%, S&P 500 (+1,01%) e Nasdaq (+0,75%);
- O Petróleo está estável à espera de decisão da OPEP+ sobre possíveis cortes da produção em 2021; o tipo Brent para fevereiro sobe 0,04%, cotado a US$ 47,90 o barril;
- Aqui, mais um índice de inflação, IPC-S de novembro/FGV, vem pressionado, após decisão inesperada da Aneel de retomar o sistema de bandeiras tarifárias em dezembro; com a tarifa vermelha no nível dois;
- IPC-S foi divulgado e subiu a 0,94% no fechamento de novembro, ante 0,77% na terceira quadrissemana e superou o teto das projeções, que era de 0,90%, segundo a Broadcast.
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
- O IBOV, por enquanto, sem muita mudança mesmo com a realização do último pregão;
- O suporte imediato está na faixa dos 108.500 pontos e pode ser testado no próximo pregão, se furar teria uma próximo referência na faixa dos 104.000 pontos;
- A resistência continua na faixa dos 112.000 pontos, como indicado na semana anterior e que ainda não foi rompido.
Cenário doméstico e internacional (Murilo Breder):
- Seguindo o ritmo das bolsas internacionais, a segunda-feira (30) foi dia de realização no Ibovespa. Com uma queda de -1,52%, o índice fechou em 108.893 pontos;
- Os índices nos Estados Unidos recuam devido à notícia de que o governo do presidente Donald Trump pretende colocar em uma lista negra de empresas supostamente controladas pelo exército chinês;
- Ajudou negativamente também a notícia de que a cidade de São Paulo regrediu para a fase amarela. O País volta a registrar aumento no número de casos de coronavírus;
- No entanto, apesar da queda no último pregão de novembro, foi o melhor mês de todo o ano. Com uma alta de 15,9%, agora o principal índice de ações brasileiro recua apenas 5,8% em 2020.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- Destaque para a reação das empresas de varejo eletrônico após a Black Friday. Apesar dos números muito fortes, com exceção de Mercado Livre, as companhias apresentaram uma queda acentuada no pregão desta segunda;
- Os principais números vieram do Mercado Livre (MELI34, +3,3%), que informou um aumento de 130% dos volumes da companhia no Brasil na base de comparação anual. O Magazine Luiza (MGLU3, -3,3%), por sua vez, também cresceu mais de 100%, aumentando em 10 pontos percentuais sua participação de mercado no e-commerce formal brasileiro em novembro, comparado ao ano anterior;
- Apenas na categoria de mercado, o Magalu vendeu mais de 1 milhão de itens durante a Black Friday, com alto volume de vendas de itens como cerveja, ketchup, creme de leite, achocolatado, fralda e protetor solar. O aumento de vendas destes itens entre quinta e domingo foi de 225%, corroborando com a estratégia da companhia de se tornar uma plataforma de compras para além do segmento eletrônico;
- Apesar da alta de 99% na venda online da Via Varejo (VVAR3, -4,0%), uma possível explicação para a queda das ações é a melhor performance de suas concorrentes. Isto é ainda mais verdade para o caso de B2W (BTOW3, -8,1%), cujo menor ritmo de crescimento ficou mais bem evidenciado.
Indicadores |
Brasil: |
Balança comercial mensal |
Indicadores industriais |
IPC-S Q4 (FGV) |
PMI Industrial (Markit/HSBC) |
Vendas de veículos (Fenabrave) |
EUA: |
PMI Industrial (ISM) |
Relatório mensal da OPEP |
Estoques de petróleo (API) |
Europa: |
Zona do Euro: PMI Industrial (Markit) |
Reino Unido: PMI Industrial (Markit) |
Ásia: |
China: PMI Industrial (Markit) |
PMI Industrial global |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.