Destaques (José Falcão Castro):
- Otimistas com o avanço das vacinas e boas chances para o pacote fiscal, os investidores em Nova York esperam hoje à tarde a decisão de política monetária, seguida de coletiva de Powell (16h). O Fed deve reforçar a manutenção do juro perto de zero até 2023 nos EUA, sustentando o compromisso dos estímulos monetários que enchem os mercados de liquidez e favorecem o fluxo aos emergentes;
- Ainda hoje, após a decisão do Fed (16h), Jerome Powell pode anunciar elevação das compras de ativos para injetar liquidez na economia; No pré-mercado de NY, Dow Jones futuro sobe 0,35%, S&P 500 (+0,32%) e Nasdaq (+0,30%);
- Mais cedo, rodada de PMIs europeus em dezembro (preliminar) veio acima do projetado, mostrando resistência à segunda onda de Covid; Na zona do euro, o PMI industrial foi de 55,5 pontos (projeção era 53), serviços a 47,3 (projeção era 41,9), composto a 49,8 (projeção era 45,7);
- Com possibilidade de vacina na zona do euro antes do Ano Novo, Frankfurt avança 1,70%, Londres (+1,15%), Paris (+0,82%), Madri (+0,50%), Milão (+0,90%) e Lisboa (+0,65%);
- Aqui, o Congresso deve votar a LDO de 2021, mas sem que isso signifique acertar as contas para virar o ano. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem como a principal finalidade orientar a elaboração dos orçamentos fiscais e da seguridade social e de investimento do Poder Público, incluindo os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e as empresas públicas e autarquias;
- Enquanto isso, polêmicas políticas transformam o programa de vacinação na crise do momento e dominam a pauta no governo, Parlamento e STF.
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
- Pontuando a resistência maior que o índice possa ter, ela estaria levemente acima do topo histórico 120.030. Vamos ficar de olho pois não estamos muito longe desse ponto, no caminho claro, pois já estamos quase nos 116.500. Suporte imediato 114 mil e o seguinte em 108.500 pontos.
Cenário macroeconômico (Murilo Breder):
- Depois de todos os altos e baixos no ano, o Ibovespa zerou as perdas e voltou a ficar no positivo. Como vínhamos falando, era questão de tempo. O otimismo seguia muito forte e a rotação de setores segue privilegiando as empresas com maior posição no índice;
- Seguindo as bolsas internacionais após a apresentação do pacote de estímulos de US$ 748 bilhões nos Estados Unidos e puxado por Vale e bancos, o Ibovespa subiu +1,34% e fechou em 116.149 pontos;
- Entre os destaques temos a ata do Copom. O Conselho do Banco Central manteve seu discurso de que a alta da inflação é passageiro e seguiu indicando que a Selic deve voltar a subir no próximo ano.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- A alta da Vale nesta terça (15) representa uma recuperação depois dos papéis se desvalorizarem na véspera junto com as ações de siderúrgicas em meio a notícia de que a China iria investigar a disparada nos preços do minério de ferro na última sexta-feira (11);
- A maior queda do dia ficou para a Cogna (COGN3, -2,79%). O mercado se frustrou com o Investor Day realizado pela companhia na véspera. Apesar de ter reforçado a visão de uma companhia mais enxuta e digital no futuro, a diretoria não foi capaz de diminuir os temores de pressão dos resultados no curto prazo;
- Por último, corroborando com o que dito no último fechamento, as ações da Oi (OIBR3, OIBR4) voltaram a subir forte após a queda da véspera, sinalizando que o recuo da última segunda-feira (14) após a venda de seus ativos móveis se tratava apenas de uma realização.
Indicadores |
Brasil: |
Congresso deve votar a LDO de 2021 |
IPC-S da 2ª quadrissemana de dezembro: acelera a 1,41%, de 1,35% na anterior |
FGV: monitor do PIB de outubro |
Relatório da OCDE sobre o Brasil |
Fluxo cambial semanal |
EUA: |
Vendas no varejo (nov) |
Estoques de petróleo (DoE) |
Fed anuncia decisão de política monetária, seguida de coletiva de Powell (16h) |
Europa: |
Zona do euro/Eurostat: balança comercial |
Alemanha: PMI composto (dez) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.