1 – TCU divulga pauta da semana sem privatização da Eletrobras
O Tribunal de Contas da União (TCU) frustrou as expectativas do governo federal e publicou no período da noite de sexta-feira (8) a pauta de julgamento desta semana sem constar a análise da segunda etapa da privatização da Eletrobras (ELET3, ELET6). O governo aguardava que a Corte de Contas concluísse o processo até a sessão da próxima quarta-feira (13) para conseguir finalizar a venda da estatal em um mês, até o dia 13 de maio.
O ministro Aroldo Cedraz pode, se quiser, pedir a inclusão do processo da pauta a qualquer momento.
Entretanto, como informou na quinta-feira (7) o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele estará fora de Brasília nas próximas duas semanas. Segundo a pauta divulgada nesta sexta-feira, ele relatará somente três processos na próxima sessão.
Apesar de não estar na capital, pessoas próximas ao ministro afirmam que ele ainda pode relatar o processo virtualmente, já que as sessões do TCU ocorrem em modelo híbrido.
Por outro lado, uma ala da Corte acha difícil que isso ocorra, tendo em vista a magnitude do julgamento – considerado o mais importante do ano, até o momento, no Tribunal.
2 – Foguetes russos destroem aeroporto na Ucrânia, dizem autoridades
Forças russas dispararam foguetes contra as regiões ucranianas de Luhansk e Dnipro neste domingo (10), disseram autoridades ucranianas, destruindo completamente um aeroporto e ferindo pelo menos cinco pessoas.
Valentyn Reznichenko, governador da região central de Dnipropetrovsk, disse que equipes de emergência estão vasculhando uma instalação que foi atingida na cidade de Zvonetsky, acrescentando que detalhes sobre as vítimas serão fornecidos mais tarde.
“Mísseis de alta precisão durante a noite destruíram a base e o quartel-general do batalhão nacionalista Dnepr em Zvonetsky, que também recebeu recentemente reforços de mercenários estrangeiros”, disse o Ministério da Defesa da Rússia.
Reznichenko disse no Telegram que também houve um ataque ao aeroporto da cidade de Dnipro.
“O próprio aeroporto foi destruído, assim como a infraestrutura próxima”, disse Reznichenko.
Serhiy Gaidai, governador de Luhansk, região leste da fronteira com a Rússia, escreveu mais cedo no Telegram que uma escola e um prédio de apartamentos foram atingidos na cidade de Sievierodonetsk.
“Felizmente, sem vítimas”, disse Gaidai.
A Reuters não pôde confirmar imediatamente as notícias.
3- EUA restringem acesso russo a fertilizantes e outros produtos
Os Estados Unidos ampliaram nesta sexta-feira (8) suas restrições a exportações para Rússia e Belarus, restringindo o acesso à importação de itens como fertilizantes e válvulas de tubulação, enquanto buscam aumentar a pressão sobre Moscou e Minsk após a invasão russa da Ucrânia.
O governo do presidente Joe Biden também restringiu voos de aeronaves fabricadas nos Estados Unidos que são de propriedade, controladas ou arrendadas por bielorrussos para Belarus “como parte da resposta do governo dos EUA às ações de Belarus em apoio à conduta agressiva da Rússia na Ucrânia”.
O Departamento de Comércio disse que começará a exigir que russos e bielorrussos obtenham uma licença especial ao tentar obter uma série de mercadorias de fornecedores dos EUA e se comprometeu a negar essas licenças. Os produtos incluem fertilizantes, válvulas de tubulação e outras peças, materiais e produtos químicos.
4 – Rússia pede integração de sistemas de pagamentos dos Brics
A Rússia pediu que os Brics, grupo de economias emergentes que inclui o Brasil, amplie o uso de moedas nacionais e integre sistemas de pagamentos, afirmou o ministério das Finanças neste sábado (9).
As sanções do Ocidente isolaram a Rússia dos sistemas financeiros globais e de quase metade das suas reservas de ouro e moedas estrangeiras, que estavam avaliadas em US$ 606,5 bilhões no começo de abril.
Na sexta-feira, o ministro das Finanças, Anton Siluanov, disse em uma reunião ministerial com os Brics, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que a situação econômica global havia piorado bastante devido às sanções, segundo um comunicado do ministério.
As novas sanções também destroem a fundação do atual sistema financeiro e monetário internacional baseado no dólar norte-americano, disse Siluanov.
“Isso nos leva à necessidade de acelerar o trabalho nas seguintes áreas: uso de moedas nacionais para operações de importação-exportação, a integração de sistemas de pagamentos e cartões, nosso próprio sistema de comunicação financeira e a criação pelos Brics de uma agência de avaliação de risco independente”, disse Siluanov.
As bandeiras de cartões internacionais Visa e MasterCard suspenderam operações na Rússia no começo de março, e os maiores bancos da Rússia perderam acesso ao sistema bancário financeiro global Swift.
A Rússia organizou seu próprio sistema de pagamentos, conhecido como SPFS, como uma alternativa ao Swift. O país também montou seu próprio sistema de pagamentos com cartões, MIR, que começou a operar em 2015.
As iniciativas foram parte de uma tentativa de Moscou de desenvolver ferramentas financeiras domésticas para espelhar as ocidentais e proteger o país, se punições contra Moscou fossem ampliadas.
O ministério das Finanças disse que os ministros do Brics confirmaram a importância da cooperação para tentar estabilizar a atual situação econômica.
“A atual crise foi feita pelo homem, e os países dos Brics têm todas as ferramentas necessárias para mitigar suas consequências para suas economias e para a economia global como um todo”, disse Siluanov.
5 – Guedes diz que apresentará candidatura da Argentina para o banco dos Brics
Após se reunir com o ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que apresentará o país vizinho como candidato para ingressar no New Development Bank (NDB), o banco dos Brics, grupo de países que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Segundo Guedes, os dois países têm um papel decisivo na segurança alimentar e energética da América do Sul e do mundo. Ele ainda afirmou que o Brasil tem interesse em ter acesso às reservas de gás do país e comemorou a decisão da Petrobras de reduzir o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP).
“Eles têm muitos fertilizantes e a capacidade de multiplicar por dez a produção atual. Nos ajudaram quando fizemos a redução de tarifas externas. Nós vamos ajudar a Argentina com o programa do FMI (Fundo Monetário Internacional). É uma história de parceria que está ficando cada vez maior. O objetivo maior é a integração das nossas economias”, disse.
Guzmán afirmou que a relação com o Brasil é fundamental e que há interesse das duas partes em buscar uma maior integração.
“O Brasil é o sócio mais importante em termos econômicos e comerciais para a Argentina. No campo de energia vamos continuar trabalhando para uma maior integração energética, para incrementar a escala de produção, redução dos custos e melhora da competitividade das nossas indústrias”, declarou.
* Com informações da Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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