A Lenovo alertou nesta quinta-feira (26) que as vendas vão cair no curto prazo, já que os lockdowns promovidos em cidades na China aumentaram a escassez de microchips. A empresa divulgou mais cedo o crescimento trimestral mais lento em sete trimestres.
“Devido aos ventos contrários macroeconômicos, a escassez está pesando significativamente no curto prazo”, disse Luca Rossi, vice-presidente executivo da Lenovo, em teleconferência sobre os resultados da companhia.
O diretor financeiro da Lenovo, Wai Ming Wong, disse que as operações da fábrica da empresa em Shenzhen foram impactadas durante o trimestre pelas medidas sanitárias.
A empresa disse que está vendo algum alívio na escassez de suprimentos para o segmento de PCs, mas disse que seus negócios de smartphones e data centers ainda estão sob forte pressão.
A Lenovo liderou o mercado com uma participação de 23,1% no período de janeiro a março, segundo dados da empresa de pesquisa Counterpoint.
A receita da empresa subiu para US$ 16,69 bilhões no trimestre encerrado em 31 de março, de US$ 15,63 bilhões um ano antes, abaixo da estimativa média de US$ 17,36 bilhões de 9 analistas, segundo a Refinitiv. O crescimento anual do faturamento, de 6,8% sobre um ano antes, foi o mais lento em sete trimestres.
No entanto, o lucro atribuível aos acionistas saltou para US$ 412 milhões, superando as expectativas dos analistas.
A Lenovo também divulgou o resultado do ano fiscal encerrado em março. A receita aumentou 18%, para US$ 71,6 bilhões, e o lucro saltou 72%, para US$ 2 bilhões, os níveis mais altos para ambos desde que a empresa abriu capital em 1994.
A Counterpoint informou em abril que as vendas globais de PCs caíram 4,3% no primeiro trimestre de 2022, já que a guerra na Ucrânia e os lockdowns da China pressionaram cadeias de suprimentos já fragilizadas e aumentaram a escassez de componentes.
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