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Finanças

Após instrução da CVM, CSD BR planeja maior concorrência com B3

Novas regras divulgadas na última sexta dá condições para uma concorrência mais aberta entre plataformas do mercado.

B3 ibovespa e dólar

A registradora de ativos CSD BR planeja ampliar suas operações nos próximos meses para incluir mais negócios como liquidação e depósito, o que deve aumentar a concorrência com a B3, disse o presidente e fundador da companhia.

Em operação desde 2020, a CSD se apresenta como registradora de ativos complexos e de menor liquidez como CDBs, contratos a termo de moedas (NDFs) e swaps cambiais. Desde então, incluiu também apólices de seguro, debêntures e gravames de veículos, nicho liderado pela antiga Cetip, que hoje faz parte da B3.

Criada em 2018 tendo como sócios membros das famílias controladoras de Gerdau e Suzano, entre outras, a CSD BR no começo deste ano passou a ter como investidores minoritários o BTG Pactual e a corretora de seguros do Santander Brasil.

Atualmente, a CSD BR afirma ter cerca de R$ 23 bilhões em ativos registrados. Em outra frente, a plataforma espera receber nos próximos meses de Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) licenças para operações de liquidação e depósito de ativos, também atividades exercidas pela operadora brasileira de bolsa.

Nova instrução da CVM dá impulso à CSD

Agora, com a atualização de regras sobre negociação de ativos em mercados regulados, divulgada pela CVM na última sexta-feira (14), as condições para uma concorrência mais aberta por parte das plataformas ficam mais claras, disse o fundador e presidente da CSD BR, Edivar Queiroz Filho.

“As regras sobre interoperabilidade entre mercados são um sinal monstruoso de que o regulador está aberto para que concorrentes ofereçam serviços”, disse Queiroz à Reuters, embora tenha frisado que a CSD BR por ora não prevê operar com ações.

Além da interoperabilidade, a Instrução 461 atualizada reitera que cada plataforma deve ter seu próprio aparato de autorregulação, em vez de concentrar tudo na BSM, da B3. O arcabouço também abre caminho para que a negociação de grandes lotes de ações ocorra em ambientes fora da B3.

A CVM ainda sinalizou que deve voltar ao tema da internalização de ordens, o que na prática permite que negócios entre participantes numa registradora ocorram fora do ambiente de bolsa.

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