Executivos mais jovens citaram essas desigualdades como sua principal preocupação em relação aos acordos de trabalho flexíveis, mas a mesma questão ficou em último lugar entre seus colegas mais velhos, de acordo com o Future Forum, um consórcio de pesquisa apoiado pela Slack Technologies.
O grupo de cerca de 100 executivos mais velhos, a maioria na faixa dos 50 anos, disse que a coordenação dos horários de uma equipe híbrida era sua principal preocupação, seguida por produtividade e aprendizado. Os cerca de 400 executivos mais jovens também se preocupam com essa coordenação, junto com a cultura da empresa.
A pesquisa expõe uma divisão geracional em que os executivos mais próximos da idade de aposentadoria, que passaram décadas em escritórios e preferem gerenciar os trabalhadores que podem ver pessoalmente, diferem dos gerentes mais jovens na faixa dos 30 e 40 anos, que geralmente aceitam melhor os arranjos híbridos e querem garantir que eles beneficiem a todos.
Pesquisas anteriores do Future Forum mostraram que mulheres e minorias são mais propensas do que outros grupos a querer trabalhar em casa, aumentando os temores de que a pressão para retornar aos escritórios possa exacerbar as desigualdades existentes no local de trabalho.
“É preocupante”, disse Brian Elliott, executivo da Slack que supervisiona a pesquisa do Future Forum, que entrevista mais de 10.000 trabalhadores de colarinho branco todo trimestre. “O risco que corremos é que a geração mais velha de executivos não enxergue o fato de que suas metas de diversidade e inclusão e seus planos para o futuro do trabalho estão interligados.”
Os trabalhadores tem voltado aos escritórios nos últimos meses, mas o retorno em massa que muitos esperavam no ano passado não aconteceu. Um número significativo de funcionários de colarinho branco continuou trabalhando em casa enquanto equilibra cuidados infantis, rotina de deslocamento e preocupações com o aumento dos casos de covid-19.
A ocupação de escritórios em 10 dos maiores distritos comerciais dos EUA estagnou abaixo de 50% durante todo o ano, de acordo com a empresa de segurança de edifícios Kastle Systems, e os chefes relutam em forçar os funcionários a voltarem em um mercado de trabalho apertado.
Mas os temores de recessão e uma onda de desaceleração nas contratações, desde Apple ao Goldman Sachs, podem dar aos patrões mais influência para trazer os trabalhadores de volta.