Com exceção da China, Ásia encerra a sexta com ganhos e PIB do Reino Unido cai 0,1% no 2º tri, menos que o esperado
As bolsas asiáticas teriam fechado a sexta feira em alta se não fosse o desempenho levemente negativo da bolsa de Shanghai. Os mercados operavam relativamente aliviados com os sinais de desaceleração da inflação nos EUA e terminaram o dia com o índice japonês Nikkei com +2,62%, Hang Seng com +0,46%, TWI com +0,60% e o índice de Shanghai com -0,15%.
Na Europa, os mercados tinham ganhos modestos após a divulgação de que o PIB do Reino Unido apresentou uma queda de 0,6% em junho, queda menor que o -1,2% esperados pelo mercado. Na comparação trimestral, o Produto Interno Bruto caiu 0,1% ante queda de 0,2% esperada, e na comparação anual, a alta de 2,9% ficou acima dos 2,8% esperados pelo mercado. Os principais índices operavam positivos com DAX da Alemanha com +0,34%, CAC da França com +0,07%, FTSE do Reino Unido com +0,14% e o índice Euro Stoxx com +0,07%.
Temporada de balanços e fluxo estrangeiro
Com menos empresas divulgando resultados hoje, o destaque fica para os números da Eletrobras, Cemig, Cosan e M.Dias Branco que serão divulgados após encerramento do pregão.
O fluxo estrangeiro começou a retornar ao Brasil em julho com as expectativas de melhora da inflação e sinal do fim do aperto monetário pelo Copom. Isso atrai os investidores estrangeiros que têm preferência na renda fixa por títulos prefixados com juros semestrais e também pela bolsa brasileira, que se mantinha descontada como efeito da alta dos juros no valuation das empresas.
Esse capital estrangeiro é importante para que a nossa bolsa continue o movimento de alta e também ajuda na valorização do real frente ao dólar. O pregão de ontem quebrou a sequência de altas consecutivas que aconteceram na virada de agosto mas o movimento é natural como realização de lucro, ou seja, investidores zerando parte de suas posições para embolsarem os lucros e mesmo uma correção para próximo dos 105 mil pontos não seria anormal.
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