Os administradores colocados pela Rússia nas regiões ucranianas de Luhansk e Kherson solicitaram formalmente ao presidente russo, Vladimir Putin, que as anexasse à Rússia, após a organização apressada de referendos que a Ucrânia e o ocidente denunciaram como ilegítimos.
Os funcionários instalados na Rússia em quatro regiões ocupadas da Ucrânia relataram grandes maiorias a favor da adesão à Rússia.
Os países ocidentais disseram que os votos foram um exercício coercitivo para fornecer um pretexto para a Rússia anexar cerca de 15% do território ucraniano, e ameaçaram novas sanções contra Moscou se os planos de anexação forem adiante.
Os resultados completos das votações nas quatro províncias variaram de 87% a 99,2% a favor da adesão à Rússia, de acordo com as autoridades.
Em uma carta publicada em sua conta no aplicativo Telegram, Vladimir Saldo –o chefe russo da região de Kherson– disse que os moradores haviam feito “uma escolha histórica” a favor da Rússia.
Se a Rússia declarar as quatro regiões ucranianas como parte de seu território, Putin poderia retratar qualquer tentativa ucraniana de recapturá-las como um ataque à própria Rússia, justificando uma resposta militar potencialmente mais dura.
A Rússia diz ter feito uma intervenção na Ucrânia em parte para proteger de uma alegada perseguição os falantes de russo que vivem na região de Donbas, no leste da Ucrânia, que compreende as províncias de Donetsk e Luhansk.
Kiev e o Ocidente rejeitam isto como um pretexto infundado para uma guerra de agressão mais ampla.
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