O rapper norte-americano Kanye West, que agora atende por Ye, fechou um acordo inicial para comprar o Parler, plataforma de rede social popular entre os conservadores dos Estados Unidos, informou a empresa controladora do app, a Parlement Technologies, nesta segunda-feira (17).
O Parler, com sede em Nashville, que levantou cerca de US$ 56 milhões até o momento, disse que espera que o acordo seja fechado durante o quarto trimestre de 2022. A empresa não deu um valor para o acordo.
A plataforma, lançada em 2018, foi reintegrada nas lojas de aplicativos do Google e da Apple depois de ser removida após os distúrbios do Capitólio norte-americano em janeiro de 2021. O Parler é uma das várias plataformas de rede social, incluindo Gettr, Gab e Truth Social, que se posicionam como alternativas de liberdade de expressão ao Twitter .
No mês passado, o Parler criou uma nova empresa controladora, a Parlement Technologies Inc, como parte de uma reformulação.
Negociações
Em entrevista à Reuters nesta segunda-feira, o presidente-executivo da Parlement Technologies, George Farmer, disse que as negociações com Ye começaram recentemente, após a Semana de Moda de Paris.
Em Paris, no dia 3 de outubro, Ye, que também é estilista, vestiu uma camiseta com a frase: “White Lives Matter” (“Pessoas Brancas Importam”, na tradução). Quatro dias depois, ele fez postagens no Instagram que vários grupos judaicos classificaram como antissemita. A Meta, que é dona do Instagram e do Facebook, bloqueou Ye de sua conta no Instagram devido às postagens.
Ye então mudou para o Twitter, postando em 8 de outubro pela primeira vez em dois anos. O Twitter logo bloqueou sua conta também.
“O fator motivador para ele foi a discussão sobre o bloqueio no Instagram”, disse Farmer, que se recusou a comentar se o acordo inclui uma multa se qualquer uma das partes o rescindir.
Ye se juntou ao Parler nesta segunda-feira e tinha cerca de 91 seguidores no momento do anúncio. Ele agora tem 3.900.
“Em um mundo onde as opiniões conservadoras são consideradas controversas, temos que nos certificar de que temos o direito de nos expressar livremente”, disse ele em comunicado.
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