O minério de ferro e o cobre recuaram em meio à preocupação com a economia da China e ao alerta sobre riscos à frente enviado pela gigante da mineração BHP (BHPG34).
Os metais buscam uma direção depois de oscilarem neste mês com os crescentes sinais de problemas na oferta e demanda. Na China, há poucos indícios de alívio dos dois principais obstáculos para a recuperação do país – Covid-19 e a crise imobiliária – que também prejudicaram a demanda por metais nos últimos meses.
Os casos de Covid-19 em Pequim atingiram o nível mais alto em quatro meses em meio ao congresso do Partido Comunista, que é realizado duas vezes a cada 10 anos. Além disso, dois dos centros de mineração de carvão do país enfrentam lockdowns.
O mercado também reage a comentários mais negativos sobre o setor imobiliário do país.
O minério de ferro é negociado perto do menor nível em 11 meses, enquanto o cobre recuou em outubro com temores sobre o desaquecimento das economias na China, Europa e EUA, o que aumenta o pessimismo. No mercado de alumínio, traders observam o que vem a seguir após enormes influxos de estoques nos depósitos da Bolsa de Metais de Londres.
Depois da Rio Tinto (RIOT34) ter alertado sobre o cenário global na terça-feira, sua maior rival BHP também trouxe alguns comentários cautelosos sobre as perspectivas para o setor.
“Nossa expectativa é que a incerteza macroeconômica global no curto prazo continue afetando as cadeias de suprimentos, custos de energia, mercados de trabalho e disponibilidade de equipamentos e materiais”, disse o CEO Mike Henry na atualização sobre a produção do terceiro trimestre.
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