Shein inaugura 1ª loja física no Brasil – mas por tempo limitado

A varejista online de vestuário fast fashion SHEIN vai inaugurar sua primeira loja física na capital paulista. A loja, que tem formato temporário (pop-up ), vai ficar aberta ao  público por cinco dias – entre 12 e 16 de novembro.

Os clientes que não estão habituados a experimentar as peças poderão fazer isso na unidade de 265 m² no Shopping Vila Olímpia. Segundo disse a varejista em nota, são 11 mil peças de coleções de roupas e acessórios da marca. Os visitantes poderão inclusive fazer fotos dos looks favoritos e compartilhar em seus perfis nas redes sociais. Os conteúdos considerados mais criativos serão repostados no perfil da marca no Instagram. 

A companhia chinesa conhecida pelo baixo preço cobrado nas peças diz querer democratizar o acesso à moda, sendo este modelo de loja física temporária um grande aliado. 

Segundo disse em nota Felipe Feistler, General Manager da SHEIN no Brasil, “o público brasileiro está cada vez mais exigente e antenado e a SHEIN vem atendendo a essas demandas, inclusive planejando várias ações no país ao longo de 2022” 

O Brasil é um mercado estratégico da varejista na América Latina. Tanto que esta será a primeira vez que fará vendas fora do ambiente on-line no país. Logo, os clientes terão de lidar com  a disponibilidade de estoque. Caso algum produto fique esgotado em loja, o cliente poderá adquirir o mesmo item pelo aplicativo. A marca promete um desconto especial pelo “aborrecimento”.

Serão aceitos somente pagamento em cartões de crédito ou débito (pix não será aceito).

Varejista fatura quase R$ 2 bilhões no Brasil

Apesar do número não ser oficial, um estudo ‘Shein’s Playbook in Brazil’, do BTG Pactual, aponta para a cifra de US$ 364 milhões (cerca de R$ 1,87 bilhão em faturamento no câmbio atual de R$ 5,14). Preço baixo, forte engajamento dos usuários, e estratégia digital são alguns dos pilares para a companhia ter chegado onde está em tão pouco tempo. E, ao que parece, a companhia está preparada para conquistar cada vez mais. 

Segundo a Similarweb, o aplicativo da marca foi o mais baixado no ano passado dentro do segmento de moda, com 23,8 milhões de downloads no Brasil.

Em 2016, a Shein tinha 2,8 milhões de usuários e gerava uma receita anual de US$ 0,6 bilhão. Em 2021, os usuários saltaram para 43,7 milhões e uma receita de US$ 15,7 bilhões. Em número de downloads, o app da chinesa é mais popular do que o da Amazon (AMZO34), e a receita é comparável a cerca de 55% do faturamento do grupo Inditex, dono da Zara.