A Embraer (EMBR3) anunciou nesta segunda-feira que está estudando propostas para aeronaves comerciais com propulsão híbrida e elétrica capazes de transportar entre 19 e 30 passageiros, com expectativa de que a tecnologia ficará pronta a partir de 2030.
Os estudos envolvem uma aeronave com propulsão híbrida-elétrica paralela que seria capaz de reduzir emissões de gás carbônico em até 90% por meio de combustível sustentável de aviação, conhecido pela siga em inglês SAF e produzido a partir de óleos de origem orgânica ou resíduos agrícolas e florestais. A aeronave teria motores traseiros.
A Embraer anunciou no ano passado estudos envolvendo uma aeronave híbrida, mas na época o trabalho envolvia uma com capacidade para nove passageiros e agora a empresa trabalha em versões com 19 a 30 lugares.
Também em 2021, a companhia anunciou uma aeronave elétrica movida a hidrogênio, com capacidade para 19 lugares. Agora, os estudos avançaram para uma versão de 30 lugares do modelo movido por célula de combustível, que teria emissão zero de CO2 e motores elétricos na traseira. A expectativa da companhia é que a tecnologia fique pronta em 2035.
A companhia afirmou que as arquiteturas e tecnologias estão sendo avaliadas quanto à viabilidade técnica e comercial.
“Os aviões de 19 e 30 lugares são pontos de partida mais adequados para estudos focados, uma vez que devem apresentar prontidão técnica e econômica mais cedo”, disse Luis Carlos Affonso, vice-presidente sênior de engenharia, tecnologia e estratégia da Embraer, em comunicado à imprensa.
Segundo ele, em menos de 25 anos, os aviões comerciais da Embraer “já reduziram o consumo de combustível e as emissões de CO2 em quase 50% com base na relação assento por milha percorrida, usando apenas combustíveis convencionais e propulsão”.
Paralelamente, a Eve, controlada pela Embraer, desenvolve aeronaves de transporte urbano que podem pousar e decolar verticalmente e são capazes de transportar 5 pessoas, incluindo o piloto, ou seis na versão autônoma.
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