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Economia

5 assuntos quentes para o Brasil nesta semana

Ata do Copom, RTI e fala de Roberto Campos Neto movem apostas nos juros.

Mercado monitora formação do restante da equipe econômica do novo governo, depois de confirmado Fernando Haddad na Fazenda, e votação da PEC da transição na Câmara. Ata do Copom, RTI e fala de Roberto Campos Neto movem apostas nos juros. Agenda externa forte inclui CPI e Fomc nos EUA, além de decisões dos BCs europeu e inglês. China tem expectativa de medidas.

Haddad na Fazenda

Investidores aguardam a definição dos nomes dos secretários de Fernando Haddad, em busca de sinais sobre a postura fiscal do novo governo. Nesta sexta-feira, ele disse que a escolha dos nomes depende da definição do ministro do Planejamento e que as pastas terão uma atuação coesa — na mesma linha, o presidente eleito afirmou que os dois ministérios precisam estar afinados. “Espero que Haddad fale do mercado, mas também de problemas sociais”, disse Lula. O ministro indicado, que deve dar entrevista coletiva na terça-feira, terá encontros com integrantes do Tesouro e da Receita a partir da próxima semana. 

Diplomação e ministérios

Lula será diplomado nesta segunda-feira e a expectativa é a de que anuncie mais nomes do seu ministério a partir dessa data. Ele afirmou que deve definir até domingo à noite a quantidade de pastas, para então finalizar a montagem da equipe. Além da Fazenda, já foram anunciados os nomes da Casa Civil (Rui Costa), Relações Exteriores (Mauro Vieira), Justiça (Flávio Dino) e Defesa (José Múcio Monteiro). Também foram definidos os comandantes das Forças Armadas, além do delegado Andrei Rodrigues como chefe da Polícia Federal. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin disse que os relatórios finais do governo de transição serão entregues na segunda.

PEC e orçamento secreto

A expectativa do governo eleito é votar a PEC da transição no plenário da Câmara na quarta-feira, depois da aprovação no Senado nesta semana com uma ampliação de R$ 145 bilhões do teto de gastos por dois anos somente para o Bolsa Família. Lula afirmou que o texto não terá problemas para ser aprovado na Câmara — ele também conta com a ajuda de Fernando Haddad para isso. Entretanto, alguns analistas, como o economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita, acreditam que a tramitação na Câmara será mais difícil para o governo e a PEC poderá passar por nova desidratração. Também na quarta-feira, o STF retoma o julgamento do chamado orçamento secreto. “Não tenho poder de interferir no STF sobre julgamento de emendas de relator”, disse Lula.

Ata, RTI, Campos Neto

O Banco Central divulga na terça-feira a ata do Copom, após o alerta fiscal feito pelo comunicado da reunião. Na quinta-feira, o diretor de política Econômica, Diogo Guillen, apresenta o Relatório Trimestral de Inflação e, na sequência, fala o presidente Roberto Campos Neto. “O relatório deve mostrar uma leve queda nas chances de que a inflação supere o teto da meta em 2023 e riscos equilibrados em torno da meta em 2024”, disse Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. Semana ainda terá o IBC-Br e o indicador de serviços de outubro. 

Fomc e China

O Fed deve elevar os juros em 0,50 ponto percentual na quarta-feira, para a faixa de 4,25%-4,50%, um ajuste menor do que a alta de 0,75 pp de cada uma das últimas quatro reuniões. O presidente Jerome Powell, que fala após a reunião, já sinalizou a desaceleração no ritmo de aumento, ao mesmo tempo em que advertiu que a taxa precisará continuar subindo. O BCE e o BOE, na quinta-feira, também devem elevar taxas em 0,50 pp. Antes do Fomc, na terça-feira, todos os olhos estarão voltados para o CPI de novembro, que tem estimativa de desaceleração, após PPI acima do previsto nesta sexta. Minério de ferro atingiu nível mais alto em quase quatro meses com sinais de que a China anunciará apoio ao setor imobiliário, em sua reunião anual sobre economia a ser realizada na próxima semana. País divulgará ainda dados da indústria e varejo.

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