Resposta de Rafael Schincariol*
Em fundos de investimentos, existem alguns agentes envolvidos em toda operação, como gestor, administrador, custodiante, além de cotistas e auditores. Quando pensamos na possibilidade de um fundo “quebrar”, é importante entender o conceito por trás disso.
O dinheiro que está investido em um fundo é distribuído em diversos tipos de investimentos diferentes que formam a “carteira”, dependendo de qual o “mandato” do gestor.
Dessa forma, em geral, o fundo de investimento reduz a concentração de risco. Assim, para que o fundo inteiro “quebre”, todos os ativos dentro desse fundo precisam “quebrar”. Vamos pensar no seguinte exemplo:
Fundo de renda variável com 60 ações diferentes em sua carteira. Para que o fundo “quebre”, todas as 60 empresas que estão lá dentro precisariam entrar em colapso.
E se a gestora quebrar?
Uma outra preocupação que pode existir é se a instituição que “vendeu” o fundo para o cliente (gestora) quebrar, se isso interfere nos seus investimentos.
A figura responsável pela “guarda” dos recursos do cliente é o custodiante. Essa empresa possui um caixa apartado com o dinheiro dos cliente aportado no fundo, que nunca se mistura com o dinheiro do administrador ou gestor do fundo. Dessa forma, se algum deles deixar de existir, o custodiante garante que o dinheiro do cliente continue sendo guardado de forma adequada.
*Head Comercial da Fiduc
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