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Finanças

Ibovespa fecha semana em queda, com repercussão de Lula e BC; dólar sobe

Investidores ainda temem que BC ceda ao governo a conduta de política monetária.

O Ibovespa encerrou a semana em queda, mas teve alta no pregão desta sexta-feira (10), em meio a preocupações de investidores sobre a possibilidade de o Banco Central (BC) ceder a críticas do governo sobre a conduta da política monetária e com resultados de balanços financeiros. O dólar fechou a semana com fortes ganhos, mas caiu forte na sessão.

Nesta semana, Ibovespa registrou baixa de 0,41%, aos 108.078 pontos. No dia, o indicador subiu 0,07%.

O dólar teve alta de 1,45%, comercializado a R$ 5,2220, nesta semana. Já na sessão, a moeda norte-americana caiu 1,07%.

  • Saiba mais, assista ao Boletim InvestNews:

Cenário interno

O presidente Lula se reuniu com o presidente norte-americano Joe Biden na Casa Branca, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira. Eles devem discutir atos antidemocráticos e aumento do financiamento do Fundo Amazônia, contra desmatamento e preservação ambiental.

Destaques da B3

A Usiminas (USIM5) divulgou nesta sexta-feira prejuízo para o quarto trimestre, revertendo resultados positivos obtidos um ano antes e nos três meses imediatamente anteriores, com quedas nas vendas de aço e minério de ferro e reconhecimento de impairment (ajuste) de R$ 1,7 bilhão relacionado ao valor de seus ativos. O papel da empresa fechou em queda de 1,21%.

As ações do Bradesco (BBDC4) caíram 8,19% nesta sessão, após o banco divulgar na véspera números considerados fracos em seu balanço referente ao quarto trimestre de 2022, com o resultado impactado pelo colapso da Americanas (AMER3).

A Alpargatas (ALPA4) desabou 18,68%, após divulgar prejuízo líquido de operações continuadas de R$ 21 milhões no quarto trimestre, resultado visto por analistas como pior do que o projetado.

A ação preferencial da Petrobras PETR4 subiu 3,05%, diante de alta superior a 1,5% do petróleo Brent no exterior após a Rússia anunciar planos para redução da produção da commodity.

A TIM (TIMS3) teve alta de 4,44%, ainda que a empresa tenha divulgado uma queda de 23,2% no lucro líquido normalizado do quarto trimestre, para R$ 590 milhões. A receita no período subiu 22,4% em relação ao ano anterior.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os principais índices acionários dos Estados Unidos abriram em baixa nesta sexta-feira, com empresas de crescimento sob pressão depois que os rendimentos dos Treasuries ampliaram seus ganhos, enquanto as ações da Lyft despencavam com uma previsão de lucro bem abaixo das estimativas para o trimestre atual.

O Dow Jones Industrial Average, que chegou a operar em queda mais cedo, passou a subir 0,34%, a 33.815,77 pontos, por volta das 13h20.

O S&P 500 tinha alta de 0,07%, a 4.084,53 pontos, enquanto o Nasdaq Composite operava em queda de 0,60%, a 11.718,15 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta sexta-feira, pressionadas por um salto nos redimentos dos títulos governamentais, conforme os investidores avaliavam as perspectivas de um aperto prolongado da política monetária global pelos principais bancos centrais, ao mesmo tempo em que uma previsão fraca da Adidas também piorou o humor do mercado.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,96%, a 457,89 pontos, sua primeira queda semanal em três semanas.

As ações europeias ganharam quase 8% até agora este ano, após uma queda de 13% em 2022, graças a sinais recentes de resiliência econômica, sustentadas por lucros robustos e expectativas de moderação do aperto monetário.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,36%, a 7.882,45 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,39%, a 15.307,98 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,82%, a 7.129,73 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,86%, a 27.268,17 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,36%, a 9.117,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,33%, a 5.946,38 pontos.

Ásia

Telão em corretora de Tóquio com informações do mercado financeiro 22/09/2022. REUTERS/Kim Kyung-Hoon

As ações da China e de Hong Kong caíram nesta sexta-feira, pesadas pelo aumento das tensões sino-americanas e pelo declínio do ânimo em relação à recuperação pós-Covid.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,59%, enquanto o índice de Xangai recuou 0,3%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve baixa de 2,01% no dia.

Os Estados Unidos vão explorar a tomada de medidas contra entidades ligadas ao Exército chinês que apoiaram o voo de um balão espião chinês no espaço aéreo dos EUA na semana passada, disse um alto funcionário do Departamento de Estado na quinta-feira.

Enquanto isso, Os preços nos portões das fábricas chinesas caíram em janeiro mais do que os economistas esperavam, sugerindo que o impulso da demanda doméstica que havia elevado os preços ao consumidor após o fim da política de Covid zero ainda não é forte o suficiente.

“Embora os investidores locais concordem que o crescimento econômico geral se recuperará este ano, parece haver uma falta de convicção sobre a magnitude da recuperação”, escreveu o Goldman Sachs em um relatório nesta sexta-feira.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,31%, a 27.670 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,01%, a 21.190 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,30%, a 3.260 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,59%, a 4.106 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,48%, a 2.469 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,08%, a 15.586 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,04%, a 3.360 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,76%, a 7.433 pontos.

*Com informações da Reuters – em atualização.

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