O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (21) que o novo arcabouço fiscal vai ter uma transição para recuperar perdas nas áreas de saúde e educação decorrentes do teto dos gastos.
“Como a gente está saindo de uma regra muito rígida que retira muitos recursos da saúde e educação, nós temos que imaginar uma transição para o novo arcabouço que contemple a reposição das perdas dos dois setores”, comentou Haddad, para quem a regra do teto de gastos, aprovada durante o governo de Michel Temer, era muito rígida.
Em entrevista a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda, Haddad procurou mostrar tranquilidade com a conclusão da elaboração do arcabouço e disse que o anúncio ficou para depois da viagem à China a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para ele poder acompanhar toda negociação depois da apresentação da nova regra fiscal. Haddad vai acompanhar o presidente na viagem.
A comitiva presidencial embarca para a China no dia 24.
Lula disse mais cedo que a apresentação do novo arcabouço fiscal ficou para depois de sua viagem à China e que não há pressa para discutir a proposta apresentada por Haddad a ele na semana passada.
“Haddad tem que anunciar e ficar aqui para debater, para responder, dar entrevista, conversar com o sistema financeiro, com a Câmara dos Deputados, com o Senado, com outros ministros, empresários”, disse o presidente em uma entrevista à TV 247.
Veja também
- Senado aprova texto-base do novo arcabouço fiscal
- 3 fatos para hoje: teto de dívida dos EUA; ações chinesas rondam bear market
- Câmara conclui votação de emendas e arcabouço fiscal segue para Senado
- 3 fatos para hoje: arcabouço aprovado na Câmara; dívida dos EUA; Ibama
- Tebet: arcabouço será fundamental para redução de juros