A Justiça do Rio de Janeiro aceitou na segunda-feira (15) o pedido de recuperação judicial da Light (LIGT3).
Em sua decisão, o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital, determinou que a companhia apresente o plano de recuperação judicial no prazo de 60 dias.
O juiz aceitou que a distribuidora e a geradora da Light se beneficiem de alguns efeitos da recuperação judicial – ponto crucial do que havia sido pedido pela companhia elétrica, uma vez que seu principal problema financeiro está concentrado na distribuidora.
Mas como a companhia de energia chegou nesta crise? É o que o Cafeína vai mostrar nesta terça-feira (16).
Ao final de 2022, a dívida líquida consolidada da Light era de R$ 9 bilhões, sendo que mais de R$ 3 bilhões tem vencimento previsto para 2023 e 2024. Entre os motivos para a piora recente de sua situação financeira, a elétrica citou o “agravamento do notório e peculiar contexto de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro”, situação que a impede de atuar em alguns locais de sua área de concessão, levando a perdas de receita com furtos de energia, por exemplo.
A Light encerrou 2022 com um prejuízo de R$ 5,6 bilhões, devido a efeitos não recorrentes contabilizados no último trimestre do ano passado, que impactaram de forma negativa o resultado. De acordo com a TC/Economatica, foi o pior resultado de todas as companhias listadas na bolsa de valores brasileira no período. Em 2021, a distribuidora havia registrado lucro de R$ 398 milhões.
Entenda as nuances da crise da companhia.
Veja também
- Tradicional rede americana, TGI Friday’s pede recuperação judicial
- Para evitar falência, Tupperware é comprada por credores
- Exclusivo: Coteminas vai criar fundo de investimento para pagar credores, dizem fontes
- Tupperware formaliza recuperação judicial nos EUA
- Em recuperação judicial, Americanas quer vender parte de ativos da fintech Ame