O mar não está para peixe para follow-ons. E mais um dos sintomas da atual crise de crédito que vem sendo visto no país é a emissão de novas ações em um período considerado não ideal, de baixa.
Há uma lista de empresas que anunciaram nos últimos meses que farão emissão de novas ações no mercado, o chamado follow-on. Mas com o principal índice acionário da B3, o Ibovespa, longe de suas máximas, e um cenário macroeconômico que não favorece ativos de renda variável, a explicação por empresas buscarem capital neste mercado adverso é um: dívidas.
Com a taxa de juros (Selic) em 13,75% ao ano, algumas empresas são afetadas pelo fato de as pessoas estarem consumindo menos. O que por sua vez impacta seus balanços e consequentemente suas ações – além do fato de que boa parte dos investidores, nesse momento, estão buscando a renda fixa dado a segurança e boa rentabilidade.
Mas ao mesmo tempo, empresas precisam continuar pegando empréstimos. E grande parte das companhias pegam dinheiro para manter o negócio funcionando, de olho no capital de giro, ou se querem expandir, investir em novas frentes. Mas com um crédito tão caro, é menos pior emitir novas ações.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio citam algumas companhias que estão fazendo follow on, seja para pagamento de dívidas como para novos investimentos.
Veja também
- Bancos recebem US$ 300 milhões por aumento de capital da Boeing
- Para fugir de turbulência financeira, Boeing recorre a US$ 19 bi de investidores em follow-on
- Entenda a nova oferta de ações do GPA na B3; precificação está prevista para esta quarta-feira
- Mahle deve pagar mais dividendos fortes em 2024, mas desconfiança segue
- Plano de grande diluição do Pão de Açúcar eleva desconfiança do mercado