As tratativas para que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prorrogue para até 2026 a devolução de R$ 23 bilhões ao Tesouro Nacional estão bem avançadas, afirmou o presidente do banco de fomento, Aloizio Mercadante, nesta segunda-feira (22).
A possibilidade de postergar o pagamento está sendo tratada junto ao Tribunal de Contas da União (TCU). O banco vem quitando ano após ano os empréstimos feitos pelo Tesouro Nacional no passado para capitalizar a instituição.
“Não impacta o primário, não tem incidência sobre superávit e, portanto, estamos em negociação bastante avançada”, declarou Mercadante a jornalistas, em evento na sede do BNDES, no Rio de Janeiro.
Na semana passada, na apresentação de resultados do primeiro trimestre do banco, o diretor de planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que o BNDES negociava com a Fazenda o alongamento de pré-pagamento ao Tesouro Nacional dos R$ 23 bilhões, que têm prazo de quitação no final do ano.
Mercadante disse nesta segunda-feira que, nos últimos seis anos, o banco devolveu ao governo aproximadamente R$ 1 trilhão, R$ 270 bilhões a mais do que recebeu.
“O BNDES está tirando dinheiro da economia e entregando para o Tesouro. Este não é papel de um banco de desenvolvimento”, afirmou ele.
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