No começo de 2023 o Brasil tinha cerca de 57 mil fundos de investimentos. Destes, apenas 549 tinha mais de dez anos, segundo levantamento da Empiricus com base nos dados da Quantis AXIS. Já quando o recorte amplia para 20 anos, o número de fundos de investimento cai para 135 – o que é menos de 0,2% de toda a industria do setor.
Logo, por que a expectativa de vida dos fundos no mercado brasileiro é tão baixa?
Os dados acabam levando os investidores a levantar algumas inquietações. Se poucos fundos sobrevivem em um intervalo mais longo, como confiar nos gestores e delegar o capital a eles?
A questão é que parte dessa “culpa” está não sobre a gestão ou nos fundos propriamente ditos, mas nos investidores que ajudam nessas estatísticas, em especial, nos momentos de maior estresse de mercado quando há uma corrida de resgates.
E se o caixa do fundo está com pouco dinheiro, os gestores têm de começar a desmontar posições para honrar seus compromissos com os cotistas – o que engloba também desmontar estratégias de longo prazo.
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