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Economia

3 fatos para hoje: inflação da zona do euro desacelera; ações chinesas caem

E mais: marco regulatório de concessões e PPPs será negociado no Congresso.

1 – Queda da inflação na zona do euro em julho é confirmada e alivia pressão sobre o BCE

A inflação da zona do euro desacelerou ainda mais e até mesmo as pressões de preços subjacentes parecem ter atingido o pico, mostraram dados do Eurostat nesta sexta-feira, diminuindo a pressão sobre o Banco Central Europeu para continuar elevando os juros após seu ciclo de altas mais rápido já registrado.

O BCE elevou as taxas de um território profundamente negativo para máximas de duas décadas em apenas um ano para combater um aumento histórico da inflação. As autoridades de política monetária agora estão avaliando se fizeram o suficiente para colocar o crescimento dos preços de volta na direção de 2%.

Os preços ao consumidor aumentaram 5,3% em julho na base anual, contra 5,5% em junho. Enquanto isso, o crescimento dos preços excluindo alimentos e energia, medida observada de perto pelo BCE, ficou estável em 5,5%, informou a Eurostat, confirmando números preliminares.

Mercado em Nice, França 08/06/2023. REUTERS/Eric Gaillard/File Photo

A inflação de serviços, no entanto, subiu de 5,4% para 5,6%, uma preocupação potencial já que os custos de serviços são fortemente impulsionados pelos salários e tendem a ser rígidos.

Os números relativamente benignos não devem resolver o dilema do BCE sobre as taxas e os mercados ainda esperam mais uma alta, para 4%, este ano, mesmo que não necessariamente em setembro.

As autoridades de política monetária são puxadas em direções opostas pelos dados recebidos.

As pressões dos preços subjacentes ainda são fortes e o mercado de trabalho está extraordinariamente apertado, sugerindo que as pressões salariais persistirão, já que os trabalhadores têm um excelente poder de barganha.

Isso pode perpetuar a inflação alta e os mercados veem o crescimento dos preços acima de 2% nos próximos anos, sugerindo que descer para 3% será fácil, mas a última fase da desinflação é vista como dolorosamente difícil.

Mas o crescimento econômico está estagnado, o investimento está caindo e o consumo geral está estável, na melhor das hipóteses, sugerindo que as pressões de preços devem diminuir à medida que a economia sofre.

2 – Ações da China e Hong Kong têm queda semanal recorde com expectativa por estímulos concretos

As ações da China e de Hong Kong caíram nesta sexta-feira, uma vez que o sentimento do investidor permaneceu moderado em meio à falta de estímulos concretos para impulsionar o consumo e sustentar o setor imobiliário.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 1,23%, enquanto o índice de Xangai caiu 1,0%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 2,05%

Na semana, o CSI300 caiu 1,3%, enquanto o Hang Seng perdeu 5,9%, marcando a pior semana em cinco meses.

Dados de julho e os anúncios desta semana decepcionaram os investidores, que esperavam medidas mais fortes do que apenas um corte de juros.

Dois pontos problemáticos na recuperação do crescimento da China destacados pelos dados de atividade de julho são o setor imobiliário e a recuperação estagnada do consumo em meio ao aumento do desemprego, disseram analistas do Barclays em nota.

Homem passa em frente a painel de cotações em Bangcoc 09/08/2011 REUTERS/Chaiwat Subprasom

3 – Marco regulatório de concessões e PPPs será negociado no Congresso

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que, dentre os projetos que o governo irá somar esforços para conversar com o Congresso, está a regularização do marco temporário das concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs). De acordo com ele, o suporte terá como foco estimular votações em projetos que estimulem o investimento privado.

Em entrevista ao SBT News, Rui avalia que a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o “poder muito grande” da Câmara, que agravou o clima de atrito entre o governo e o Congresso, está superada. “Evidente que num momento do puxa-estica, cada palavra é muito valorizada, ou supervalorizada, para servir de elemento”, disse, minimizando que a declaração foi algo “natural da política”.

De olho na pauta econômica, o ministro afirmou que os gastos com o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado na semana passada, “estão absolutamente alinhados com Planejamento e Fazenda”. “Ou seja, não há um gasto excessivo além da expectativa de receita das leis que estão tramitando no Congresso ou da expectativa de receita elaborada pelo Planejamento ou pelo Ministério da Fazenda.”

Descontos para linha branca

Rui disse que um possível desconto para linha branca está sendo analisado. “Um programa desse tem que compensar orçamentariamente, tem que cortar orçamento em algum lugar. Por enquanto, o orçamento tá apertado e eu diria que o limitador para esse programa seria não ter valores para cortar nesse orçamento”, declarou.

Com Reuters e Estadão

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