O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu formalmente no domingo (10) a presidência temporária do G20 durante o encerramento da cúpula das maiores economias do mundo realizada neste fim de semana na Índia, país que atualmente preside o grupo.
Em seu discurso, Lula afirmou que a presidência brasileira do G20, que começa em 1º de dezembro de 2023 e se encerra em 30 de novembro de 2024, terá como prioridades o combate à fome, pobreza e desigualdade, a transição energética e o desenvolvimento sustentável e uma reforma do sistema de governança internacional.
“Se quisermos fazer a diferença, temos que colocar a redução das desigualdades no centro da agenda internacional”, disse Lula, ressaltando que serão criadas no mandato brasileiro duas forças-tarefas, a Aliança Global contra a a Fome e a Pobreza; e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.
Já a reforma do sistema de governança internacional visa dar aos países em desenvolvimento mais condições de enfrentar a desigualdade, a fome e a mudança climática e buscar um futuro mais justo para suas populações.
“Queremos maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada”, disse Lula.
“A OMC tem que ser revitalizada e seu sistema de solução de controvérsias precisa voltar a funcionar. Para recuperar força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes”, acrescentou.
A agenda do G20 passará a ser decidida e implementada pelo governo brasileiro a partir de dezembro com apoio direto da Índia, última ocupante da presidência do grupo, e da África do Sul, país que exercerá o mandato em 2025.
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