Por David Shepardson e Valerie Insinna
WASHINGTON (Reuters) – A Boeing deve desenvolver um plano abrangente para tratar de “questões sistêmicas de controle de qualidade” no prazo de 90 dias, disse o chefe da agência de aviação dos Estados Unidos (FAA) na quarta-feira, depois que uma emergência em pleno voo no mês passado provocou novas preocupações com a segurança das aeronaves da companhia.
O chefe da FAA exigiu o plano em uma declaração crítica à Boeing após uma reunião de um dia inteiro com o presidente-executivo da companhia, Dave Calhoun, na terça-feira.
“A Boeing deve se comprometer com melhorias reais e profundas”, disse o diretor da FAA, Mike Whitaker. “Fazer mudanças fundamentais exigirá um esforço sustentado da liderança da Boeing, e nós vamos responsabilizá-la em cada passo do caminho, com marcos e expectativas mutuamente compreendidos.”
Calhoun disse em um comunicado que a equipe de liderança da Boeing está “totalmente comprometida” em atender às preocupações da FAA e desenvolver o plano.
“Temos uma visão clara do que precisa ser feito”, disse Calhoun. “A Boeing desenvolverá um plano de ação abrangente com critérios mensuráveis que demonstrem a profunda mudança que o administrador Whitaker e a FAA exigem.”
A Boeing tem se esforçado para explicar e reforçar os procedimentos de segurança depois que um pedaço da fuselagem de um 737 MAX 9 operado pela Alaska Airlines se desprendeu em pleno voo em 5 de janeiro. O episódio abriu um buraco no avião que expôs os passageiros ao exterior a quase 5 mil metros do chão.
Em 2018 e 2019 duas aeronaves da Boeing caíram deixando um rastro de 346 mortos.
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