Uma medida importante do endividamento mundial retomou sua trajetória de alta, à medida que a dívida global atingiu um recorde de US$ 315 trilhões no primeiro trimestre do ano, impulsionada por empréstimos nos mercados emergentes, nos Estados Unidos e no Japão, segundo um estudo.
O índice global da dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) subiu para 333% após três trimestres consecutivos de queda, informou o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) nesta terça-feira (7) em seu relatório trimestral Monitor de Dívida Global.
A reversão ocorre na esteira da alta do valor em dólares da dívida global em cerca de US$ 1,3 trilhão em relação ao trimestre anterior.
A dívida nos mercados emergentes cresceu para um recorde de mais de US$ 105 trilhões –tendo mais do que dobrado na última década, de acordo com dados do instituto.
Os maiores contribuintes para o aumento entre as economias emergentes foram a China, a Índia e o México. Na outra ponta, a Coreia do Sul, a Tailândia e o Brasil registraram as maiores reduções no valor em dólares da dívida geral entre o subgrupo, segundo os dados.
“Os déficits orçamentários do governo ainda são mais altos do que os níveis anteriores à pandemia e devem contribuir com cerca de US$ 5,3 trilhões para o acúmulo da dívida global este ano”, disse o instituto em um comunicado. “O aumento do atrito comercial e as tensões geopolíticas também apresentam potenciais ventos contrários significativos para os mercados de dívida.”
Entre as economias desenvolvidas, os Estados Unidos e o Japão viram a dívida aumentar mais rapidamente, acrescentando 17 pontos percentuais e 4 pontos percentuais, respectivamente.
Veja também
- CBA vende participação na Alunorte para a Glencore por R$ 236,8 milhões
- BRF compra fábrica e passa a ser a primeira empresa de proteínas a produzir na China
- Argentina anuncia licitação para privatizar hidrovia Paraguai-Paraná
- Petrobras confirma plano de investir mais de R$ 635 bilhões entre 2025 e 2029
- Enel prepara plano de investimentos para buscar renovação de suas concessões no Brasil