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Economia

CSN vai conseguir desalavancagem ‘custe o que custar’, diz presidente

Na noite da véspera, a CSN divulgou que encerrou o primeiro trimestre com nível de alavancagem de 3,13 vezes ante 2,45 vezes no final do primeiro trimestre de 2023

O presidente-executivo da CSN afirmou nesta sexta-feira (10) que a companhia está comprometida com a redução de dívida e alavancagem e que apenas poderá fazer movimentos de aquisição que representam um alto nível de sinergia com suas atuais operações.

“Estamos comprometidos com desalavancagem e vamos obtê-la de forma rápida custe o que custar”, disse Benjamin Steinbruch, em conferência com analistas.

Na noite da véspera, a CSN divulgou que encerrou o primeiro trimestre com nível de alavancagem de 3,13 vezes ante 2,45 vezes no final do primeiro trimestre de 2023, em meio a uma queda de 39% do resultado operacional medido pelo Ebitda. A meta da companhia vinha sendo a de reduzir a alavancagem para 2 vezes até o final deste ano.

A CSN atualmente negocia de maneira exclusiva a aquisição dos ativos da produtora de cimento Intercement, que tem posição dominante na Argentina.

Mercado de aço

O diretor comercial da CSN, Luis Fernando Martinez, afirmou que espera que o mercado brasileiro de aço apresente crescimento este ano e estimou que os preços da liga no mercado interno devem subir no segundo semestre.

“Inevitável no segundo semestre pensar em recomposição de preços”, afirmou o executivo, citando que espera margem “bem positiva” em siderurgia na segunda metade do ano, em meio a uma esperada queda nos custos.

Segundo ele, o “prêmio” — o quão mais alto o preço do aço é no Brasil ante os valores internacionais — está da ordem de 12%.

Martinez afirmou que a CSN segue atenta a oportunidades de investimento nos Estados Unidos que sejam de custo relativamente baixo, mas que possam trazer alto retorno, como serviços. “Em vez de vendermos bobina, podemos vender material cortado”, disse o executivo.

Sobre os EUA, Steinbruch acrescentou que a CSN quer aproveitar os recursos do plano de incentivos do governo norte-americano para levar de volta ao país produção deslocada para outros países ao longo dos anos.

“Estamos querendo obter essas linhas de financiamento a fundo perdido e juros mais baratos. Estamos imensamente interessados em investimentos principalmente nos Estados Unidos”, disse o executivo, sem dar detalhes sobre planos da CSN no país.

(Por Alberto Alerigi Jr., edição de Pedro Fonseca)

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