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Economia

China discutirá pacote imobiliário com bancos e reguladores

De acordo com a proposta, estatais locais seriam solicitadas a ajudar a comprar imóveis não vendidos de incorporadores em apuros com grandes descontos

O governo chinês pretende realizar uma ampla reunião na manhã de sexta-feira para discutir o mercado imobiliário e uma proposta para eliminar o excesso de oferta, segundo fontes.

Altos funcionários do Ministério da Habitação, agências regulatórias, governos locais e bancos estatais participarão da reunião do Conselho de Estado por videoconferência, disseram as pessoas, pedindo anonimato.

A gama de convidados de várias esferas do governo e do setor financeiro reforça os sinais de que as autoridades em Pequim estão priorizando esforços para pôr fim à crise imobiliária que pesa sobre a segunda maior economia do mundo. As ações das incorporadoras chinesas deram um salto na quinta-feira depois que a Bloomberg informou que a China avalia uma proposta para que governos locais comprem milhões de unidades que as incorporadoras não conseguem vender.

O Conselho de Estado pretende ouvir as autoridades do setor e bancos até o final do mês e finalizar um plano em junho, acrescentaram as fontes.

O Ministério da Habitação não respondeu a um pedido de comentário.

De acordo com a proposta, estatais locais seriam solicitadas a ajudar a comprar imóveis não vendidos de incorporadores em apuros com grandes descontos, usando empréstimos concedidos por bancos estatais, informou a Bloomberg na quarta-feira, citando pessoas a par do assunto. Muitas das unidades seriam então convertidas em moradias populares.

Um indicador da Bloomberg para as ações imobiliárias chinesas subiu até 14% nesta quinta-feira. O índice já saltou quase 60% desde meados de abril, em meio ao otimismo de que o governo tomará mais medidas para reanimar o mercado.

Várias grandes cidades retiraram restrições à compra de imóveis para impulsionar a demanda. Mas os potenciais compradores continuam preocupados com preços, segurança no emprego e a capacidade de incorporadoras endividadas entregarem apartamentos, diante de vários projetos inacabados.

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