Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) – A Câmara dos Deputados concluiu nesta terça-feira (11) a análise do projeto de lei que cria o programa automotivo Mobilidade Verde e Inovação (Programa Mover), manteve a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até 50 dólares – a chamada “taxação da blusinha” –, e também chancelou decisão do Senado, que retirou do texto regras para conteúdo local obrigatório na exploração e produção de combustíveis como petróleo e gás.
A proposta já havia sido analisada uma primeira vez pela Câmara, passou pelo Senado — onde sofreu alterações como a do conteúdo local para exploração de combustíveis — e teve de retornar aos deputados para uma segunda votação.
Agora, o projeto segue para sanção presidencial. Não está clara a intenção do governo em relação à chamada “taxação da blusinha”.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou no fim de maio que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve vetar a taxação sobre compras internacionais de até 50 dólares. Poucos dias antes, Lula afirmou que estava disposto a negociar, mas ao mesmo tempo disse que poderia vetar a medida.
As regras de conteúdo local para as atividades de exploração e produção petrolífera já haviam sido retiradas pelo Senado, decisão mantida pela Câmara nesta terça. A medida foi encarada como prejudicial à competitividade do setor de óleo e gás no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP).
Veja também
- Mais cosméticos e menos loja âncora: o CEO da Allos mostra o que é tendência nos shoppings
- Shopee se torna lucrativa e ajuda controladora Sea a superar estimativa de receita
- Nem tudo é remédio: a receita da Panvel para crescer 50% em quatro anos
- Mesmo após ajuste de preços, Ambev segue pressionada por ameaça do câmbio e matérias-primas
- De olho na Black Friday, Natura lança loja virtual no Mercado Livre