Donald Trump discursava em Butler, Pensilvânia, quando foi atingido por um tiro. Eram 17h13 de sábado. O projétil, disparado por um atirador de 20 anos a partir da laje de um galpão próximo ao palco, atingiu a orelha de Trump.
O ex-presidente foi cercado na hora por agentes do Serviço Secreto e todos se abaixaram no púlpito, para se proteger. Esperaram por alguns segundos. Quando um agente matou o atirador, retiraram-se do local.
Enquanto saía Trump ergueu o punho cerrado, saudando o público.
O candidato republicano foi levado a um hospital e passa bem. “O presidente Trump agradece às forças de segurança e aos socorristas por sua rápida ação durante este ato hediondo”, disse o porta-voz de Trump, Stephen Cheung. “Ele está bem e está sendo examinado em um hospital local. Mais detalhes serão divulgados.”
As autoridades identificaram o atirador. Era um homem chamado Thomas Matthew Crooks, 20 anos, que vivia na cidade de Bethel Park, Pensilvânia, a 50 quilômetros de Butler. Seu registro eleitoral o identificava como republicano.
Joe Biden, adversário de Trump na corrida presidencial, solidarizou-se no X poucas horas após a tentativa de homicídio: “Estou grato em saber que ele está seguro e passando bem. Estou rezando por ele e sua família e por todos os que estavam no comício, enquanto aguardamos mais informações.”
Diversos líderes globais enviaram mensagens. Lula disse no X: “O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável.”
17º atentado
O atentado contra Trump é o 17º desde 1835 envolvendo presidentes, presidentes-eleitos e candidatos nos EUA. Cinco terminaram em mortes (nota: a lista aqui do link, compilada pelo Congresso americano, é de 2008; então tem apenas 15 casos – não entrou ali o de tiros contra a Casa Branca em 2011, que tinham Obama como alvo).
Entre candidatos, os atentados mais recentes foram contra os democratas Robert F. Kennedy, morto em 1968, e George C. Wallace, governador do Alabama e que concorria à eleição de 1972 . Ele escapou com vida.
Entre presidentes, o último a ser atingido por um disparo foi Ronald Reagan, em 1981, que sobreviveu aos ferimentos. O atirador, um jovem de 26 anos chamado John W. Hinkley, foi considerado mentalmente incapaz e internado compulsoriamente num instituto de saúde mental. Acabou liberado pela Justiça em 2016. Donald Trump foi um dos que se manifestaram contra a soltura.
(com reportagem da Bloomberg)
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