O turboélice ATR-72 que caiu em Vinhedo (SP), com 61 pessoas a bordo, era operado pela Voepass, antiga Passaredo, e teve passagens vendidas pela Latam.
Trata-se de uma prática comum entre companhias aéreas, chamada “codeshare”. Ela serve para simplificar o processo de compra de passagens, na qual uma companhia aérea vende passagens de voos operados por outra.
Por exemplo: não existem voos entre Pelotas (RS) e Lisboa (Portugal). Mas você pode entrar no site da TAP, a cia aérea portuguesa, e fazer a compra do trecho.
Nesse caso, a Tap emite duas passagens: uma entre Pelotas e o Aeroporto de Guarulhos (SP), operada pela Gol, e outra entre GRU e Lisboa, operada aí pela própria TAP. Isso é possível por conta de uma parceria de codeshare entre Gol e TAP.
No caso do voo 2283, saindo de Cascavel (PR) em direção a Guarulhos, a Latam vendeu passagens desse trecho operada por outra companhia, a Voepass, uma de suas parceiras de codeshare.
A Voepass, cia aérea de Ribeirão Preto, já teve codeshare com a Gol. O acordo terminou em 2023.
Sobre a aeronave. A ATR, fabricante do avião, é uma joint venture entre a franco-germânica Airbus e a italiana Leonardo. O turboélice ATR-72 é um dos modelos mais usados no planeta em rotas de curta distância. Em seus 35 anos de operação, por 137 cias aéreas mundo afora, foram 13 acidentes com vítimas fatais, contando a tragédia desta sexta (9).
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