Siga nossas redes

Negócios

Airbus vai cortar até 2,5 mil empregos na divisão de defesa e espaço

Número representa cerca de 7% da força de trabalho da área

Parte frontal de uma aeronave da Airbus contra um céu azul com algumas nuvens esparsas, mostrando o nariz do avião, a cabine de comando com janelas curvas e o logotipo da Airbus na fuselagem branca.
Avião de demonstração Airbus A350 XWB. Rússia, Moscou. Foto: Adobe Stock Photo

A Airbus, gigante europeia da aviação, anunciou planos para eliminar até 2.500 postos de trabalho em sua divisão de defesa e espaço, com o objetivo de enxugar uma área que vem acumulando custos e enfrentando forte concorrência.

Em comunicado, a empresa informou que iniciou discussões “com seus parceiros sociais sobre a proposta de adaptação.” As medidas, que representam cerca de 7% da força de trabalho da divisão, estimada em 35.000 funcionários, deverão ser implementadas até meados de 2026.

A Airbus afirmou que, embora algumas das iniciativas de transformação lançadas no último ano já estejam trazendo resultados, a companhia decidiu intensificar as mudanças para se adaptar a um mercado espacial cada vez mais desafiador.

“Queremos moldar a divisão para que ela possa atuar como um player líder e competitivo neste mercado em constante evolução,” disse Mike Schoellhorn, CEO da Airbus Defence and Space, no comunicado. “Isso exige que sejamos mais ágeis, enxutos e competitivos.”

Fontes próximas às conversas revelaram que uma parte significativa dos cortes deverá recair sobre a área de espaço da divisão, que também abrange operações de aeronaves de combate e segurança cibernética. A Airbus afirmou, no entanto, que não planeja adotar medidas compulsórias para a redução de pessoal.

Provisão de quase US$ 1 bilhão

A Airbus tem enfrentado dificuldades para reverter os resultados dessa divisão, que sofre com altos custos e atrasos em alguns programas. Em junho, a empresa anunciou uma provisão de cerca de €900 milhões (US$ 980 milhões) relacionada a programas espaciais, mencionando “produtos complexos e sofisticados” que elevam os riscos de desenvolvimento.

Diante disso, a Airbus afirmou que vai “avaliar todas as opções estratégicas, como potenciais reestruturações, modelos de cooperação, revisão do portfólio e opções de fusões e aquisições.” A revisão dos programas espaciais problemáticos está cerca de 70% concluída, segundo a empresa.

Conhecida principalmente por suas aeronaves comerciais, como os modelos A320 e A350, a Airbus também opera uma subsidiária de helicópteros, além das divisões de defesa e espaço.

Na bolsa de Paris, as ações da Airbus registraram queda de até 0,8%, sendo cotadas a €134,72. No acumulado do ano, o valor das ações permanece praticamente estável.

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.