As principais empresas de petróleo e mineração da Arábia Saudita estão formando uma joint venture para produzir lítio, um metal básico para a produção de baterias elétricas, à medida que o reino busca um papel maior na mineração.
A Saudi Aramco encontrou “concentrações promissoras de lítio” em seus campos de petróleo e gás, informou a empresa em um comunicado. No mês passado, a Aramco conseguiu extrair lítio de forma bem-sucedida a partir de amostras de salmoura provenientes dos campos petrolíferos. Ainda assim, esse método é mais custoso em comparação à extração convencional de salmouras salinas.
O empreendimento com a mineradora estatal Maaden tem como objetivo produzir quantidades comerciais do mineral até 2027, segundo a empresa.
Este plano faz parte da iniciativa da Arábia Saudita de renovar sua economia com um grande impulso em setores que vão desde a inteligência artificial até os esportes, já que busca reduzir a dependência do petróleo.
Hoje, a China é responsável por dois terços da capacidade de processamento de lítio do mundo. Recentemente, divulgou que suas reservas mais que dobraram, chegando a 16,5% do total global, ultrapassando a Austrália para se tornar a segunda maior detentora dessas reservas.
Agora, a Arábia Saudita quer entrar para esse clube. “Estamos muito bem posicionados no processamento [de lítio] por causa da combinação que temos, começando pela competitividade energética e pela ótima infraestrutura em termos de cidades industriais e portos”, disse Bandar Alkhorayef, ministro da indústria e dos recursos minerais do país, ao FT.
Como parte do ambicioso programa Vision 2030 — que inclui a extrair US$ 1,3 trilhão em recursos minerais —, o maior exportador de petróleo bruto do mundo tem como objetivo aumentar a produção de baterias e desenvolver outros materiais para carros elétricos.
Ainda assim, houve um progresso limitado no desenvolvimento do setor de mineração até agora.
*Com informações de agências